top
top
top
top

A tendência do licor combina somente com o paladar?

Uma a cada 100 pessoas é alérgica ao elemento que serve como conservante na produção de vinho

Com função de antioxidante, desinfetante e fungicida, o dióxido de enxofre é o produto enológico mais usado no processo de produção do vinho, mas pode causar reações alérgicas. Por seu potencial tóxico, algumas pessoas podem sentir desconfortos, como dores de cabeça, em consumos moderados.
Entretanto, esse elemento, também conhecido como anidrido sulfuroso e SO2, garante condições melhores para os processos de vinificação da bebida, elimina bactérias e leveduras frágeis e indesejáveis, o que permite que apenas as melhores prossigam com o processo fermentativo. Além do mais, melhora o aroma e afina a cor da bebida. Os sulfitos se formam a partir do contato do dióxido de enxofre com a solução líquida.
Para muitas pessoas, o sulfito é um inimigo dos apreciadores de vinho. Apesar de especulações, não há de fato estudos que comprovem a ligação entre sulfitos e as dores de cabeça. Porém, em pessoas mais sensíveis, como as que sofrem de asma, a substância poderia causar reações alérgicas, como erupção cutânea, formigamento e inchaço. Por isso, o ideal é que a presença dele seja a menor possível.
Essas reações levaram a Food and Drug Administration (FDA – órgão governamental dos EUA responsável pelo controle de alimentos, medicamentos, entre outros) a impor que fossem postas na rotulagem dos vinhos com sulfito a demarcação de "sulfitos em teor > 10 mg/L". Peritos da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) averiguam a possibilidade de diminuir o limite dos teores para os vinhos normais, pois essa quantia ingerida durante uma hora é perigosa, segundo alguns produtores.
Vinhos sem sulfitos
Os vinhos ecológicos, em sua maioria, não contêm o dióxido de enxofre e são mais sustentáveis e saudáveis. Há três diferentes tipos de vinhos: os orgânicos, os biodinâmicos e os naturais. São feitos sem agrotóxicos, fermentados em tanques de madeira e com o mínimo de maquinário possível.
Conheça essas categorias mais saudáveis (vinhos ecológicos) e veja quais se adequam melhor ao seu gosto:

Orgânicos simples

Segundo os criadores, o propósito é promover o máximo possível de proteção ao meio ambiente e qualidade de vida para as pessoas. Suas uvas devem ser cultivadas sem nenhum químico nocivo ou organismos geneticamente modificados, mas há concessões. Não necessariamente todos virão sem a adição do conservante benéfico sulfito, já que cada país possui uma própria regulamentação para com os orgânicos. Portanto, trazer no rótulo um vinho orgânico não garante que não terá sulfitos no mesmo. Parece óbvio, mas a forma correta para designar o vinho orgânico é dizer que ele é produzido com uvas cultivadas organicamente, pois é essa a parte ecológica da produção.
Se não usam pesticidas, como fazem para combater as pragas naturais? Simples: a plantação de gramas e flores, ao se misturar com as parreiras, atrai os insetos e ajudam a atacar os pequenos inimigos. O domínio das ervas indesejadas, composto pela própria natureza, é combatido pelos insetos e outros animais que vivem entre as plantações. Galinhas e patos ajudam na diminuição das pragas e cavalos podem ser utilizados para se ter um terreno aerado.

Biodinâmicos

Biodinâmicos são, basicamente, os orgânicos produzidos a partir de uma filosofia diferente, a antroposofia. Para o filósofo, artista e esoterista, Rudolf Steiner, idealizador da antroposofia, os seres humanos não estão na terra isolados do cosmos. Esses, como todos que habitam o planeta, sofrem influências das energias que os rodeia, recebendo e refletindo energias positivas ou negativas. Isso, aplicado nos vinhos, significa fazer uso das práticas antigas, além de levar em conta as fases da lua. É usado, portanto, o conceito de adubo como um renascimento da terra e não uma simples nutrição da mesma, como seria para os orgânicos. 
Outro diferencial é a formulação de preparados exóticos que visam, além de tudo, harmonizar o solo. É usado esterco bovino fermentado dentro de um chifre de vaca, que é enterrado no inverno ou, se não, pode ser substituído por sílica misturada com água de chuva no chifre. Essa prática lembra procedimentos da homeopatia, pois, antes de ser enterrado, o conteúdo desses é diluído e energizado ou ativado por um processo de dinamização.

Naturais

Os vinhos naturais não excluem a prática de alguma técnica orgânica ou biodinâmica, pois ele descarta totalmente o uso de químicos e quaisquer atividades tecnológicas. Sendo esse, portanto, o mais extremo de todos os “vinhos verdes”, é produzido sem maquinário nem controle de temperatura e com métodos bem ancestrais. São mais delicados e frágeis, o que demanda transporte cuidadoso e atenção com alterações bruscas de temperatura, além de controle da exposição à luz solar.
Não julgue pela aparência! Quanto menos transparente for o vinho, mais indica que não houve muita manipulação na bebida. Os vinhos são turvos por não passarem por filtragem ou clarificação. Os naturais e os biodinâmicos são os menos concentrados e alcoólicos e, com isso, exibem um maior frescor, aromas florais, de frutas frescas e da levedura. E, diferente dos outros “verdes”, esses vinhos não têm uma certificação, pois geralmente, os trabalhadores possuem um próprio estatuto das práticas dos vinhos naturais.
O cultivo das uvas é natural, e elas são muito pisadas. Quase todos os vinhos desses tipos não possuem adição de sulfito.

O paradoxo do vinho

O anidrido sulfuroso ou dióxido de enxofre (SO2) é o produto enológico mais usado na adega. Sua principal função é de antioxidante, desinfetante e fungicida, além de melhorar o aroma e afinar a cor. Esse elemento garantirá condições melhores para os processos de vinificação da bebida, elimina bactérias e as leveduras indesejáveis e mais frágeis, o que faz com que somente os melhores sobrevivam e lidem com o processo fermentativo que seguiria. Os sulfitos se formam a partir do contato do SO2 com a bebida.
Entretanto, para muitas pessoas, o sulfito é um inimigo para os bebedores de vinho. Pelo seu potencial tóxico, algumas pessoas podem sentir desconfortos, como dores de cabeça, nos consumos moderados. Para as mais sensíveis, como as que sofrem da asma, ele poderia causar reações alérgicas mais graves. Por isso, o ideal é que a presença dele seja a menor possível. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a concentração permitida de sulfitos nos vinhos, sem ser aqueles orgânicos ou biodinâmicos, é de 0,035 g por 100 ml.  
O crescimento da oferta desses vinhos vem crescendo pelo mundo e seus métodos mais sustentáveis são tão atrativos que, hoje, é possível dizer que são uma tendência.
Uma a cada 100 pessoas é sensível aos sulfitos, por que não tentar uma alternativa mais benéfica para si mesmo e para o meio ambiente?


0 comentários:

Postar um comentário