
Maio de 2015 é considerado o mês em que a internet no Brasil comemora 20 anos. Um dos motivos para isso é que, no dia 31 deste mês, em 1995, foram publicadas portarias da Anatel que permitiram o uso de meios da rede pública de telecomunicações para acesso à internet e criaram o Conselho Gestor da Internet (CGI), órgão multisetorial responsável pela coordenação e integração dos serviçoes de rede no país.
Mas Demi Getschko, conselheiro do CGI desde sua criação e um dos pioneiros da internet no Brasil, recorda que a rede já era utilizada no país. Com a realização da conferência mundial sobre meio ambiente ECO 92 no Brasil, ONGs já utilizavam a internet para se comunicar e compartilhar informações e dados.
Início
Algumas universidades e empresas também faziam uso, desde aquela época, desse recurso de telecomunicação, basicamente para enviar e receber e-mails. Ainda não existiam os cabos de fibra óptica que atualmente servem de espinha dorsal para a conexão mundial. Naquela época, a ligação digital entre países era feita por meio de cabos submarinos coaxiais, conta Getschko, semelhantes aos que utilizamos para ligar nossas televisões.
Em dezembro de 1994, a Embratel abriu uma chamada para que pessoas físicas que desejassem acessar a internet se inscrevessem para ter acesso. Apenas no ano seguinte os contratos de acesso seriam regulamentados para a forma como os conhecemos hoje, na qual os usuários acessam a internet por meio de provedores, que vendem o acesso que recebem das empresas de telecomunicação.
Expansão
Com o início da exploração comercial da internet no Brasil, a rede começou a se expandir de maneira muito rápida. Getschko observa que a Lei de Moore, que ditava o ritmo de evolução dos processadores e que completou 50 anos recentemente, acabou valendo para a internet também.
Como os processadores praticamente duplicavam de velocidade a cada 18 meses, a quantidade de informações com as quais eles podiam trabalhar também dobrava. E esse aumento da velocidade, aliado à expansão do número de usuários de internet, fez com que a web crescesse de maneira vertiginosa, cada vez com mais textos, imagens e funcionalidades.
Com isso, usuários passaram a exigir cada vez mais largura de banda da internet, para poder receber e enviar cada vez mais dados. Apenas por volta do ano 2000, com a chegada da internet de “banda larga”, foi que a rede, os sites e os serviços digitais começaram a se parecer mais com o que conhecemos atualmente.
Buscadores
Getschko também identifica um momento anterior a esse que foi determinante no desenvolvimento da internet: o surgimento dos buscadores. “Antes deles, a gente só ficava sabendo das coisas porque a gente ouvia alguém falando”, conta.
Na época, circulavam pela rede listas de endereços, que enumeravam uma série de sites interessantes sobre diversos assuntos. O Yahoo!, por exemplo, começou como uma dessas listas. Mas serviços como o Altavista, o Lycos e, mais tarde, o Google, que vasculhavam a rede e indexavam novos sites que apareciam, viabilizaram o uso que fazemos atualmente da internet.
Os buscadores auxiliam o crescimento da internet à medida que permitem que aquilo que é produzido por um usuário seja disponibilizado a todos os outros que busquem por aquele conteúdo, sem que seja necessário saber, de outra maneira, que ele existe. Tanto que, atualmente, quando uma pessoa sente que determinado conteúdo fere sua privacidade, pode solicitar ao Google que remova o site de seus resultados de busca.
O processo, diz Getschko, é como remover um livro do diretório de uma biblioteca, mas não de suas estantes. “O livro continua lá, mas como ninguém vai conseguir encontrá-lo, não faz muita diferença”, diz.
Redes Sociais
Em 2004 apareceria o Orkut, e logo em seguida o Facebook. Com a chegada das redes sociais, a internet foi se tornando, cada vez mais, um espaço virtual de socialização. As discussões agressivas e sem sentido por causa de detalhes, no entanto, já existiam desde os tempos das listas de discussão, lembra Getschko.
A preocupação com o compartilhamento de informações pessoais tem nesse momento um marco importante. Dados íntimos sobre os usuários se tornaram disponíveis em enormes quantidades pela rede. Com isso, começou-se a pensar no que seria necessário fazer para proteger esse tipo de informação de pessoas com fins maliciosos ou mesmo de empresas que veem nela uma valiosa mercadoria.
A facilidade de compartilhar informações, opiniões, imagens e até vídeos representou um novo aumento na exigência de banda da internet. A estrutura de fibra óptica já existente, porém, felizmente estava à altura do desafio. Getschko conta que, melhorando-se a interface da fibra, os cabos podem ter sua capacidade ampliada, e ele acredita que ela ainda pode se tornar cerca de cem vezes maior antes de precisar ser substituída. As preocupações com asnovas tecnologias que devem vir em seguida, ao que parece, podem esperar mais alguns anos.
Neutralidade da rede
Ao longo da primeira década do século XXI, questões como a pirataria nas redes e os crimes digitais trouxeram novas discussões sobre o uso da internet. Alguns desdobramentos dessas discussões deram origens a propostas de legislação como a SOPA (Stop Online Piracy Act), que ameaçavam mudar radicalmente a internet, proibindo o acesso de usuários a qualquer conteúdo registrado e protegido por leis de propriedade intelectual.
Legislações como a SOPA, segundo Getschko, têm o problema de “fechar a porta para os usuários” da internet, em vez de responsabilizar os que hospedam e disponibilizam conteúdos protegidos. “É como tentar proibir que os taxistas levem batedores de carteira. O taxista faz o trabalho dele, e não tem como saber se o que o passageiro fez”, opina.
Esse tipo de proposta punha em risco um dos valores principais da internet, a neutralidade da rede. Esse conceito, segundo Getschko, pode ser pensado como uma transferência total de poder de decisão ao usuário: ele deve ter acesso total à rede, e se algum site hospeda conteúdo que infringe leis de propriedade intelectual, é o site que precisa ser alterado, não o acesso do usuário.
Essa foi uma das discussões que levou à elaboração do Marco Civil da Internet, que regulamenta o uso, o desenvolvimento e a comercialização da rede no Brasil. Os grandes objetivos do Marco Civil, para Getschko, são o de preservar a internet como um local “sem jardins murados”, proteger as informações pessoais dos usuários e manter como um espaço de livre trânsito de ideias, cujos rumos são decididos coletivamente pela comunidade.
Regulamentação
Atualmente, dois aspectos do Marco Civil ainda aguardam definição mais precisa. Primeiramente, é necessário determinar quando a neutralidade da rede pode ser quebrada. Em outras palavras, em quais situações deve ser permitido impedir que determinado endereço de IP seja impossibilitado de acessar determinado site.
Um exemplo de situação no qual esse tipo de atitude seria perfeitamente aceitável, segundo Getschko, é no caso de ataques de negação de serviço. Quando diversos IPs tentam acessar um site repetidamente com a finalidade de derrubá-lo por excesso de solicitações, não haveria problema em impedir que esses IPs consigam realizar sua finalidade maliciosa.
Outro aspecto que precisa ser melhor definido sobre o Marco Civil é a questão do registro de acesso de aparelhos à rede. A atual legislação determina que é necessário manter registro de qual IP acessou qual site em qual horário. Alguns serviços e aplicativos, porém, aproveitam essa determinação para armazenar muitos outros dados sobre a atividade do usuário, algo que o Marco Civil, a princípio, combate.
IPv6
Outro desafio enfrentado pela internet atualmente é a mudança do padrão de endereços. Cada dispositivo que acessa a rede ganha um IP, um número de identificação. Atualmente, muitos dispositivos ainda funcionam no padrão IPv4. Esse padrão permite um total de 4 bilhões de endereços diferentes.
No entanto, com a ampliação do número de dispositivos conectados à internet e a popularização dos smartphones, tablets e notebooks, esse padrão se tornou rapidamente insuficiente. É possível contornar a ausência de novos IPs por meio da atribuição temporária de IPs a dispositivos enquanto eles estão conectados.
A tendência de que o número de dispositivos conectados à internet aumente ainda mais com a chamada “internet das coisas” faz com que seja ainda mais necessária a atualização desse padrão. Dispositivos mais novos já funcionam apenas com IPv6; outros, mais antigos, ainda têm só IPv4.
As duas versões não são compatíveis, e o ideal, segundo Getschko, é ter os dois, para se comunicar da melhor forma possível. O processo pode ser comparado à substituição do sinal analógico de TV aberta no Brasil pelo sinal digital, ou ainda, como sugere Getschko, com a necessidade de se atualizar as tomadas dos eletrodomésticos. “Você pode até usar adaptadores por um tempo, mas chega uma hora que precisa trocar”, diz.
Desenvolvimento
Getschko acredita, porém, no poder da internet de superar os desafios que aparecem. Ele lembra o período de popularização da rede em 1995, quando muitos novos usuários começaram a usar de maneira inusitada um espaço que antes pertencia a poucos, e o começo das redes sociais, quando as pessoas ainda liam como verídica qualquer história que chegava até elas, como períodos nos quais havia o medo de que “algo fosse dar errado”.
No entanto, por meio de um amadurecimento das discussões sobre a rede, e também graças ao amadurecimento da relação dos usuários com a internet, os princípios fundamentais que ditam o desenvolvimento da web puderam se manter firmes até hoje.
Um dos exemplos que ele cita desse amadurecimento é a Wikipedia: algo criado por usuários comuns mas, mesmo assim, confiável. “Alguém pode até tentar editar a Wikipédia e escrever coisas erradas, mas os outros usuários protegem aquilo”, diz. “Com o tempo, a internet vai se solidificando.”


Abaixo estão as coisas que foram tarde e não deixam saudades:
- Fragilidade da internet discada
Você reclama da internet brasileira hoje? Você tem razão em fazer isso, mas as coisas já foram muito piores. Além do barulhinho para conectar (que é nostálgico, admitimos), as conexões via internet discada eram extremamente delicadas e poderiam cair a qualquer momento.
- Telefone ocupado
Tudo o que foi dito no item acima se soma ao fato de que a internet discada ocupava o telefone, e tirá-lo do gancho era uma ameaça à integridade da internet.
- Esperar até meia-noite
O advento da internet no Brasil criou uma geração de corujões, acostumados a passar madrugadas acordados online. Isso porque muitos ficavam esperando a meia-noite para finalmente conectar-se pagando apenas um pulso telefônico, em vez de pagar por uma ligação longa e contínua normal. No sábado havia um refresco, com a regra do pulso único valendo a partir das 14h, e no domingo o dia era liberado, para alívio geral da nação.
- CDs de internet
Lembra quando você recebia CDs da AOL e UOL para conseguir entrar na internet? Havia gente que acumulava pilhas enormes com aqueles disquinhos, com o objetivo de se manter sempre online de forma gratuita para sempre, mas não tinha jeito.

- Internet contratada por tempo
Os CDs forneciam acesso limitado por tempo. Ou seja: você contratava, por exemplo, 300 minutos de internet, o que parece impensável e impraticável nos PCs modernos (embora aconteça algo parecido nos planos de internet móvel atualmente, com as franquias limitadíssimas em megabytes).
- Infinitos discadores instalados
Houve um momento na internet em que a febre foram os discadores gratuitos, que prometiam acesso grátis e o usuário só pagava o pulso telefônico. Foi aí que apareceram iG, NetGratuita, iTelefônica, iBest e tantos outros serviços similares. Claro que o usuário comum tinha todos eles instalados, ocupando espaço no HD e no desktop, fazendo o rodízio para o caso de a conexão com um deles falhar. E elas falhavam bastante.
- Buscadores pré-Google
Antes do boom do Google como buscador, várias empresas tentaram a sorte neste mercado, mas falharam por um motivo: o método arcaico de “catalogar” a internet. Antigamente, você precisava cadastrar seu site em serviços como o finado “Cadê?” para que alguém pudesse acha-lo em uma possível busca sobre um assunto relacionado. Não é preciso dizer que este método era bem pouco preciso, e a tecnologia do Google, com seu robô que vasculha as páginas da web automaticamente mudou a forma de pesquisar as coisas na internet.

- E-mail com espaço limitadoLembra quando você precisava limpar frequentemente a sua caixa de entrada, ou não sobraria espaço para novas mensagens? Era muito comum serviços de e-mail que ofereceriam 2, 3, ou 5 megabytes de espaço para guardar a correspondência eletrônica. Já pensou se você precisasse resgatar uma mensagem importante e ela tivesse se perdido porque você foi obrigado a fazer uma limpa na sua caixa?
- Design dos sitesNos anos 1990 e início dos anos 2000, não havia webdesign. Na verdade, até havia, mas era tudo muito rudimentar. Hoje, visitar sites da idade da pedra digital que ainda resistem, como o do filme Space Jam, pode ser divertido e engraçado como documentação histórica, mas viver na web inteira daquela forma era um pesadelo de usabilidade.
- Lentidão
É claro, a velocidade de 56 kbps é o que menos deixa saudades de todo este período. Baixar uma música levava horas, vídeos eram impensáveis, streaming era algo fora da realidade e tantas facilidades da internet moderna simplesmente eram incapazes de existir nos anos 1990 e início dos anos 2000. Só o fato de haver uma imagem no meio do texto poderia deixar o site mais pesado do que boa parte das conexões aguentava.
É claro, a velocidade de 56 kbps é o que menos deixa saudades de todo este período. Baixar uma música levava horas, vídeos eram impensáveis, streaming era algo fora da realidade e tantas facilidades da internet moderna simplesmente eram incapazes de existir nos anos 1990 e início dos anos 2000. Só o fato de haver uma imagem no meio do texto poderia deixar o site mais pesado do que boa parte das conexões aguentava.

Maio de 2015 é considerado o mês em que a internet no Brasil comemora 20 anos. Um dos motivos para isso é que, no dia 31 deste mês, em 1995, foram publicadas portarias da Anatel que permitiram o uso de meios da rede pública de telecomunicações para acesso à internet e criaram o Conselho Gestor da Internet (CGI), órgão multisetorial responsável pela coordenação e integração dos serviçoes de rede no país.
Mas Demi Getschko, conselheiro do CGI desde sua criação e um dos pioneiros da internet no Brasil, recorda que a rede já era utilizada no país. Com a realização da conferência mundial sobre meio ambiente ECO 92 no Brasil, ONGs já utilizavam a internet para se comunicar e compartilhar informações e dados.
Início
Algumas universidades e empresas também faziam uso, desde aquela época, desse recurso de telecomunicação, basicamente para enviar e receber e-mails. Ainda não existiam os cabos de fibra óptica que atualmente servem de espinha dorsal para a conexão mundial. Naquela época, a ligação digital entre países era feita por meio de cabos submarinos coaxiais, conta Getschko, semelhantes aos que utilizamos para ligar nossas televisões.
Em dezembro de 1994, a Embratel abriu uma chamada para que pessoas físicas que desejassem acessar a internet se inscrevessem para ter acesso. Apenas no ano seguinte os contratos de acesso seriam regulamentados para a forma como os conhecemos hoje, na qual os usuários acessam a internet por meio de provedores, que vendem o acesso que recebem das empresas de telecomunicação.
Expansão
Com o início da exploração comercial da internet no Brasil, a rede começou a se expandir de maneira muito rápida. Getschko observa que a Lei de Moore, que ditava o ritmo de evolução dos processadores e que completou 50 anos recentemente, acabou valendo para a internet também.
Como os processadores praticamente duplicavam de velocidade a cada 18 meses, a quantidade de informações com as quais eles podiam trabalhar também dobrava. E esse aumento da velocidade, aliado à expansão do número de usuários de internet, fez com que a web crescesse de maneira vertiginosa, cada vez com mais textos, imagens e funcionalidades.
Com isso, usuários passaram a exigir cada vez mais largura de banda da internet, para poder receber e enviar cada vez mais dados. Apenas por volta do ano 2000, com a chegada da internet de “banda larga”, foi que a rede, os sites e os serviços digitais começaram a se parecer mais com o que conhecemos atualmente.
Buscadores
Getschko também identifica um momento anterior a esse que foi determinante no desenvolvimento da internet: o surgimento dos buscadores. “Antes deles, a gente só ficava sabendo das coisas porque a gente ouvia alguém falando”, conta.
Na época, circulavam pela rede listas de endereços, que enumeravam uma série de sites interessantes sobre diversos assuntos. O Yahoo!, por exemplo, começou como uma dessas listas. Mas serviços como o Altavista, o Lycos e, mais tarde, o Google, que vasculhavam a rede e indexavam novos sites que apareciam, viabilizaram o uso que fazemos atualmente da internet.
Os buscadores auxiliam o crescimento da internet à medida que permitem que aquilo que é produzido por um usuário seja disponibilizado a todos os outros que busquem por aquele conteúdo, sem que seja necessário saber, de outra maneira, que ele existe. Tanto que, atualmente, quando uma pessoa sente que determinado conteúdo fere sua privacidade, pode solicitar ao Google que remova o site de seus resultados de busca.
O processo, diz Getschko, é como remover um livro do diretório de uma biblioteca, mas não de suas estantes. “O livro continua lá, mas como ninguém vai conseguir encontrá-lo, não faz muita diferença”, diz.
Redes Sociais
Em 2004 apareceria o Orkut, e logo em seguida o Facebook. Com a chegada das redes sociais, a internet foi se tornando, cada vez mais, um espaço virtual de socialização. As discussões agressivas e sem sentido por causa de detalhes, no entanto, já existiam desde os tempos das listas de discussão, lembra Getschko.
A preocupação com o compartilhamento de informações pessoais tem nesse momento um marco importante. Dados íntimos sobre os usuários se tornaram disponíveis em enormes quantidades pela rede. Com isso, começou-se a pensar no que seria necessário fazer para proteger esse tipo de informação de pessoas com fins maliciosos ou mesmo de empresas que veem nela uma valiosa mercadoria.
A facilidade de compartilhar informações, opiniões, imagens e até vídeos representou um novo aumento na exigência de banda da internet. A estrutura de fibra óptica já existente, porém, felizmente estava à altura do desafio. Getschko conta que, melhorando-se a interface da fibra, os cabos podem ter sua capacidade ampliada, e ele acredita que ela ainda pode se tornar cerca de cem vezes maior antes de precisar ser substituída. As preocupações com asnovas tecnologias que devem vir em seguida, ao que parece, podem esperar mais alguns anos.
Neutralidade da rede
Ao longo da primeira década do século XXI, questões como a pirataria nas redes e os crimes digitais trouxeram novas discussões sobre o uso da internet. Alguns desdobramentos dessas discussões deram origens a propostas de legislação como a SOPA (Stop Online Piracy Act), que ameaçavam mudar radicalmente a internet, proibindo o acesso de usuários a qualquer conteúdo registrado e protegido por leis de propriedade intelectual.
Legislações como a SOPA, segundo Getschko, têm o problema de “fechar a porta para os usuários” da internet, em vez de responsabilizar os que hospedam e disponibilizam conteúdos protegidos. “É como tentar proibir que os taxistas levem batedores de carteira. O taxista faz o trabalho dele, e não tem como saber se o que o passageiro fez”, opina.
Esse tipo de proposta punha em risco um dos valores principais da internet, a neutralidade da rede. Esse conceito, segundo Getschko, pode ser pensado como uma transferência total de poder de decisão ao usuário: ele deve ter acesso total à rede, e se algum site hospeda conteúdo que infringe leis de propriedade intelectual, é o site que precisa ser alterado, não o acesso do usuário.
Essa foi uma das discussões que levou à elaboração do Marco Civil da Internet, que regulamenta o uso, o desenvolvimento e a comercialização da rede no Brasil. Os grandes objetivos do Marco Civil, para Getschko, são o de preservar a internet como um local “sem jardins murados”, proteger as informações pessoais dos usuários e manter como um espaço de livre trânsito de ideias, cujos rumos são decididos coletivamente pela comunidade.
Regulamentação
Atualmente, dois aspectos do Marco Civil ainda aguardam definição mais precisa. Primeiramente, é necessário determinar quando a neutralidade da rede pode ser quebrada. Em outras palavras, em quais situações deve ser permitido impedir que determinado endereço de IP seja impossibilitado de acessar determinado site.
Um exemplo de situação no qual esse tipo de atitude seria perfeitamente aceitável, segundo Getschko, é no caso de ataques de negação de serviço. Quando diversos IPs tentam acessar um site repetidamente com a finalidade de derrubá-lo por excesso de solicitações, não haveria problema em impedir que esses IPs consigam realizar sua finalidade maliciosa.
Outro aspecto que precisa ser melhor definido sobre o Marco Civil é a questão do registro de acesso de aparelhos à rede. A atual legislação determina que é necessário manter registro de qual IP acessou qual site em qual horário. Alguns serviços e aplicativos, porém, aproveitam essa determinação para armazenar muitos outros dados sobre a atividade do usuário, algo que o Marco Civil, a princípio, combate.
IPv6
Outro desafio enfrentado pela internet atualmente é a mudança do padrão de endereços. Cada dispositivo que acessa a rede ganha um IP, um número de identificação. Atualmente, muitos dispositivos ainda funcionam no padrão IPv4. Esse padrão permite um total de 4 bilhões de endereços diferentes.
No entanto, com a ampliação do número de dispositivos conectados à internet e a popularização dos smartphones, tablets e notebooks, esse padrão se tornou rapidamente insuficiente. É possível contornar a ausência de novos IPs por meio da atribuição temporária de IPs a dispositivos enquanto eles estão conectados.
A tendência de que o número de dispositivos conectados à internet aumente ainda mais com a chamada “internet das coisas” faz com que seja ainda mais necessária a atualização desse padrão. Dispositivos mais novos já funcionam apenas com IPv6; outros, mais antigos, ainda têm só IPv4.
As duas versões não são compatíveis, e o ideal, segundo Getschko, é ter os dois, para se comunicar da melhor forma possível. O processo pode ser comparado à substituição do sinal analógico de TV aberta no Brasil pelo sinal digital, ou ainda, como sugere Getschko, com a necessidade de se atualizar as tomadas dos eletrodomésticos. “Você pode até usar adaptadores por um tempo, mas chega uma hora que precisa trocar”, diz.
Desenvolvimento
Getschko acredita, porém, no poder da internet de superar os desafios que aparecem. Ele lembra o período de popularização da rede em 1995, quando muitos novos usuários começaram a usar de maneira inusitada um espaço que antes pertencia a poucos, e o começo das redes sociais, quando as pessoas ainda liam como verídica qualquer história que chegava até elas, como períodos nos quais havia o medo de que “algo fosse dar errado”.
No entanto, por meio de um amadurecimento das discussões sobre a rede, e também graças ao amadurecimento da relação dos usuários com a internet, os princípios fundamentais que ditam o desenvolvimento da web puderam se manter firmes até hoje.
Um dos exemplos que ele cita desse amadurecimento é a Wikipedia: algo criado por usuários comuns mas, mesmo assim, confiável. “Alguém pode até tentar editar a Wikipédia e escrever coisas erradas, mas os outros usuários protegem aquilo”, diz. “Com o tempo, a internet vai se solidificando.”


Abaixo estão as coisas que foram tarde e não deixam saudades:
- Fragilidade da internet discada
Você reclama da internet brasileira hoje? Você tem razão em fazer isso, mas as coisas já foram muito piores. Além do barulhinho para conectar (que é nostálgico, admitimos), as conexões via internet discada eram extremamente delicadas e poderiam cair a qualquer momento.
- Telefone ocupado
Tudo o que foi dito no item acima se soma ao fato de que a internet discada ocupava o telefone, e tirá-lo do gancho era uma ameaça à integridade da internet.
- Esperar até meia-noite
O advento da internet no Brasil criou uma geração de corujões, acostumados a passar madrugadas acordados online. Isso porque muitos ficavam esperando a meia-noite para finalmente conectar-se pagando apenas um pulso telefônico, em vez de pagar por uma ligação longa e contínua normal. No sábado havia um refresco, com a regra do pulso único valendo a partir das 14h, e no domingo o dia era liberado, para alívio geral da nação.
- CDs de internet
Lembra quando você recebia CDs da AOL e UOL para conseguir entrar na internet? Havia gente que acumulava pilhas enormes com aqueles disquinhos, com o objetivo de se manter sempre online de forma gratuita para sempre, mas não tinha jeito.

- Internet contratada por tempo
Os CDs forneciam acesso limitado por tempo. Ou seja: você contratava, por exemplo, 300 minutos de internet, o que parece impensável e impraticável nos PCs modernos (embora aconteça algo parecido nos planos de internet móvel atualmente, com as franquias limitadíssimas em megabytes).
- Infinitos discadores instalados
Houve um momento na internet em que a febre foram os discadores gratuitos, que prometiam acesso grátis e o usuário só pagava o pulso telefônico. Foi aí que apareceram iG, NetGratuita, iTelefônica, iBest e tantos outros serviços similares. Claro que o usuário comum tinha todos eles instalados, ocupando espaço no HD e no desktop, fazendo o rodízio para o caso de a conexão com um deles falhar. E elas falhavam bastante.
- Buscadores pré-Google
Antes do boom do Google como buscador, várias empresas tentaram a sorte neste mercado, mas falharam por um motivo: o método arcaico de “catalogar” a internet. Antigamente, você precisava cadastrar seu site em serviços como o finado “Cadê?” para que alguém pudesse acha-lo em uma possível busca sobre um assunto relacionado. Não é preciso dizer que este método era bem pouco preciso, e a tecnologia do Google, com seu robô que vasculha as páginas da web automaticamente mudou a forma de pesquisar as coisas na internet.

- E-mail com espaço limitadoLembra quando você precisava limpar frequentemente a sua caixa de entrada, ou não sobraria espaço para novas mensagens? Era muito comum serviços de e-mail que ofereceriam 2, 3, ou 5 megabytes de espaço para guardar a correspondência eletrônica. Já pensou se você precisasse resgatar uma mensagem importante e ela tivesse se perdido porque você foi obrigado a fazer uma limpa na sua caixa?
- Design dos sitesNos anos 1990 e início dos anos 2000, não havia webdesign. Na verdade, até havia, mas era tudo muito rudimentar. Hoje, visitar sites da idade da pedra digital que ainda resistem, como o do filme Space Jam, pode ser divertido e engraçado como documentação histórica, mas viver na web inteira daquela forma era um pesadelo de usabilidade.
- Lentidão
É claro, a velocidade de 56 kbps é o que menos deixa saudades de todo este período. Baixar uma música levava horas, vídeos eram impensáveis, streaming era algo fora da realidade e tantas facilidades da internet moderna simplesmente eram incapazes de existir nos anos 1990 e início dos anos 2000. Só o fato de haver uma imagem no meio do texto poderia deixar o site mais pesado do que boa parte das conexões aguentava.
É claro, a velocidade de 56 kbps é o que menos deixa saudades de todo este período. Baixar uma música levava horas, vídeos eram impensáveis, streaming era algo fora da realidade e tantas facilidades da internet moderna simplesmente eram incapazes de existir nos anos 1990 e início dos anos 2000. Só o fato de haver uma imagem no meio do texto poderia deixar o site mais pesado do que boa parte das conexões aguentava.
Wellington
Possivelmente já leu algo sobre os drives de estado sólido, não é mesmo? Sob a sigla SSD (Solid State Drive, em inglês), estes equipamentos surgiram como uma opção mais segura e veloz para os discos rígidos comuns — que contam com partes mecânicas e apresentam mais problemas relacionados à movimentação — e têm ganhado bastante espaço no mercado nestes últimos anos.
Mas, antes de instalar e configurar o SSD, é preciso saber que existem diferenças entre eles e os HDs com os quais já estamos acostumados. Por causa disso, algumas ações não devem ser tomadas com os aparelhos — para aumentar o tempo de vida útil deles e evitar que exista qualquer problema. Ficou curioso? Então confira agora mesmo o que você não deve fazer com um SSD em seu PC.
1. Desfragmentação
Uma das principais diferenças entre os HDs e o SSDs está no modo como os dados são gravados. Enquanto os discos rígidos utilizam pequenas estruturas magnéticas para informar o valor de cada informação, nos drives sólidos isso acontece de uma maneira eletrônica — conseguida graças à energia elétrica armazenada ali. E é por causa disso que desfragmentar um SSD pode ser uma péssima ideia.

Esse método de gravação faz com que os SSDs tenham um número de gravações mais limitado do que acontece nos discos rígidos. Desfragmentar um disco significa realocar arquivos e fazer com que a porção de armazenamento dele seja otimizada — o que resulta em um grande consumo de espaço durante o período da desfragmentação. Ou seja: o processo pode reduzir a vida útil dos equipamentos.
Não bastasse isso, também vale dizer que a desfragmentação é um processo inútil nos computadores com SSD. Isso porque ela foi criada para reagrupar dados espalhados em discos rígidos, para facilitar a leitura em equipamentos desse tipo. Como o SSD não utiliza leitores mecânicos — e sim processos elétricos —, a informação pode ser acessada de qualquer lugar com a mesma rapidez.
2. Limpar áreas vazias
Por muito tempo, consumidores costumaram utilizar ferramentas para “apagar áreas vazias” do disco rígido. Isso permitia que as unidades ganhassem um pouco mais de espaço e ainda evitava que os dados pudessem ser recuperados após a exclusão de arquivos. Mas os sistemas operacionais mais recentes — Windows 7 e superiores, Mac OS X 10.6 e superiores ou Linux baseado em Kernels lançados depois de 2012 — são habilitados com o TRIM.

Isto é uma “notificação do sistema para o SSD para informar que determinados arquivos foram removidos e que os blocos, onde eles estavam armazenados, devem passar por um processo de limpeza para que novos dados sejam gravados”. Esta função faz com que os arquivos deletados do computador sejam realmente excluídos — não ficando disponíveis para restauração com o uso de aplicativos especializados.
Isso tudo significa que “limpar áreas vazias” em um sistema moderno e que utilize SSDs acaba sendo um esforço completamente desnecessário. Além de gastar um tempo sem fins realmente efetivos, o processo ainda pode desgastar o SSD com uma sobrecarga de informações — que também pode causar uma redução na vida útil do dispositivo.
Verifique se o TRIM está ativo
É possível que o seu computador não possua o TRIM ativado por padrão. Para verificar isso você pode usar softwares como o TrimCheck ou então seguir alguns rápidos passos:
- 1) Pressione as teclas Window + R e digite na caixa de diálogo “cmd.exe”;
- 2) No prompt de comando, digite o seguinte: "fsutil behavior query DisableDeleteNotify"
- 3) Se o sistema retornar o valor “0”, então você está com o TRIM ativado;
- 4) Caso apareça o valor “1”, você deve digitar o seguinte para habilitar o TRIM: "fsutil behavior set disabledeletenotify 0"
3. Formatação completa
Assim como no caso anterior, aqui trazemos um exemplo de processo desnecessário para os computadores com SSD. Formatar completamente um drive de estado sólido não é uma tarefa muito interessante e isso se aplica por várias razões. Primeiro: apagar arquivos com o modo TRIM faz com que eles sejam realmente excluídos definitivamente. Segundo: isso não fará com que seu computador fique mais veloz. Sem falar que a ação ainda joga fora alguns ciclos de reescritas do dispositivo.
4. Usar Windows XP ou Vista
O Windows XP e o Windows Vista são sistemas operacionais que não possuem suporte para o TRIM. Isso significa que arquivos apagados permanecem disponíveis para a recuperação por meio de aplicativos especializados. Mais do que isso, também existe o fato de que sistemas sem TRIM acabam gerando bastante lentidão após algum tempo de uso.

Em resumo: com o passar do tempo, seu SSD passará a demorar muito para conseguir terminar a escrita de um arquivo. É claro que não é o fim do mundo usar esses outros sistemas operacionais, mas é importante usar alguns softwares de otimização criados pelas próprias fabricantes de drives — evitando problemas relacionados às já mencionadas sobreescritas.
Atenção: não é interessante usar ferramentas alternativas de manutenção, pois isso pode prejudicar ainda mais o desempenho — opte sempre pelas oficiais das fabricantes. O drive de estado sólido sabe gerenciar os dados e cuidar de sua Garbage Collection — um sistema automatizado do gerenciamento da memória disponível — , sendo que a interação do usuário apenas vai prejudicar as configurações determinadas no firmware do componente.
5. Usar toda a capacidade
Essa lição já foi ensinada pelos HDs comuns em outros momentos — quem usa os PCs há mais tempo deve se lembrar do quanto era difícil reservar espaço em computadores que tinham menos de 1 GB para o armazenamento —, mas precisa ser relembrada. É essencial que você nunca preencha toda a capacidade do seu SSD, sempre deixando um espaço de sobra na unidade.

Isso se deve ao fato de que novos arquivos e carregamentos exigem espaço livre para que funcionem corretamente. Logo, sem ele o seu sistema ficará muito lento e apresentando falhas constantes. O site AnandTech afirma que pelo menos 25% do espaço total devem ser mantidos livres para evitar problemas — algo parecido com o que era indicado para os HDs comuns.
6. Realizar escritas constantes
Essa dica é bem importante, mas deve ser melhor aproveitada somente por quem utiliza SSDs em conjunto com HDs comuns. Um dos métodos mais eficientes de fazer com que a vida útil dos drives de estado sólido seja prolongada está em evitar as escritas nele. Ou seja, fazer com que menos arquivos sejam gravados nos drives e os mantendo como unidades de leitura.
As recomendações mais comuns são de que o SSD deve ser usado para a gravação dos arquivos de sistema operacional, softwares, jogos e outros dados que precisam ser acessados frequentemente e com rapidez. Em resumo: grave os arquivos que precisam ser acessados para que a sua utilização se torne mais confortável.
Ao mesmo tempo, não é indicado armazenar arquivos de mídia nos SSDs — uma vez que o espaço seria desperdiçado e o carregamento deles pode ser feito a partir de um HD sem qualquer problema ou lentidão. Ou seja... Nada de salvar o seu filme favorito em 4K nos drives de estado sólido.
Evite arquivos de paginação
Quando a sua memória RAM está toda ocupada, o Windows utiliza um setor do seu HD para fazer com que mais aplicativos e processos possam ser carregados ou mantidos. O problema é que se estivermos falando sobre um computador com SSD, esse setor de memória será sobreescrito com muita frequência e causará danos à estabilidade e à vida útil do equipamento.
Ou seja... Desative a opção de paginação nas configurações do sistema operacional — ou use um disco rígido comum para isso. Se você só possui um SSD, recomenda-se que sua máquina tenha pelo menos 8 GB de RAM para que o sistema não exija a paginação da memória virtual.
.....
Você conhecia essas recomendações? É claro que, se você optar por não segui-las, conseguirá usar o seu computador normalmente — afinal de contas, ele não vai explodir por causa disso. Mesmo assim, vale a pena ficar ligado em tudo isso para fazer com que os seus equipamentos possam ser usados por mais tempo e sem apresentar falhas.
Possivelmente já leu algo sobre os drives de estado sólido, não é mesmo? Sob a sigla SSD (Solid State Drive, em inglês), estes equipamentos surgiram como uma opção mais segura e veloz para os discos rígidos comuns — que contam com partes mecânicas e apresentam mais problemas relacionados à movimentação — e têm ganhado bastante espaço no mercado nestes últimos anos.
Mas, antes de instalar e configurar o SSD, é preciso saber que existem diferenças entre eles e os HDs com os quais já estamos acostumados. Por causa disso, algumas ações não devem ser tomadas com os aparelhos — para aumentar o tempo de vida útil deles e evitar que exista qualquer problema. Ficou curioso? Então confira agora mesmo o que você não deve fazer com um SSD em seu PC.
1. Desfragmentação
Uma das principais diferenças entre os HDs e o SSDs está no modo como os dados são gravados. Enquanto os discos rígidos utilizam pequenas estruturas magnéticas para informar o valor de cada informação, nos drives sólidos isso acontece de uma maneira eletrônica — conseguida graças à energia elétrica armazenada ali. E é por causa disso que desfragmentar um SSD pode ser uma péssima ideia.

Esse método de gravação faz com que os SSDs tenham um número de gravações mais limitado do que acontece nos discos rígidos. Desfragmentar um disco significa realocar arquivos e fazer com que a porção de armazenamento dele seja otimizada — o que resulta em um grande consumo de espaço durante o período da desfragmentação. Ou seja: o processo pode reduzir a vida útil dos equipamentos.
Não bastasse isso, também vale dizer que a desfragmentação é um processo inútil nos computadores com SSD. Isso porque ela foi criada para reagrupar dados espalhados em discos rígidos, para facilitar a leitura em equipamentos desse tipo. Como o SSD não utiliza leitores mecânicos — e sim processos elétricos —, a informação pode ser acessada de qualquer lugar com a mesma rapidez.
2. Limpar áreas vazias
Por muito tempo, consumidores costumaram utilizar ferramentas para “apagar áreas vazias” do disco rígido. Isso permitia que as unidades ganhassem um pouco mais de espaço e ainda evitava que os dados pudessem ser recuperados após a exclusão de arquivos. Mas os sistemas operacionais mais recentes — Windows 7 e superiores, Mac OS X 10.6 e superiores ou Linux baseado em Kernels lançados depois de 2012 — são habilitados com o TRIM.

Isto é uma “notificação do sistema para o SSD para informar que determinados arquivos foram removidos e que os blocos, onde eles estavam armazenados, devem passar por um processo de limpeza para que novos dados sejam gravados”. Esta função faz com que os arquivos deletados do computador sejam realmente excluídos — não ficando disponíveis para restauração com o uso de aplicativos especializados.
Isso tudo significa que “limpar áreas vazias” em um sistema moderno e que utilize SSDs acaba sendo um esforço completamente desnecessário. Além de gastar um tempo sem fins realmente efetivos, o processo ainda pode desgastar o SSD com uma sobrecarga de informações — que também pode causar uma redução na vida útil do dispositivo.
Verifique se o TRIM está ativo
É possível que o seu computador não possua o TRIM ativado por padrão. Para verificar isso você pode usar softwares como o TrimCheck ou então seguir alguns rápidos passos:
- 1) Pressione as teclas Window + R e digite na caixa de diálogo “cmd.exe”;
- 2) No prompt de comando, digite o seguinte: "fsutil behavior query DisableDeleteNotify"
- 3) Se o sistema retornar o valor “0”, então você está com o TRIM ativado;
- 4) Caso apareça o valor “1”, você deve digitar o seguinte para habilitar o TRIM: "fsutil behavior set disabledeletenotify 0"
3. Formatação completa
Assim como no caso anterior, aqui trazemos um exemplo de processo desnecessário para os computadores com SSD. Formatar completamente um drive de estado sólido não é uma tarefa muito interessante e isso se aplica por várias razões. Primeiro: apagar arquivos com o modo TRIM faz com que eles sejam realmente excluídos definitivamente. Segundo: isso não fará com que seu computador fique mais veloz. Sem falar que a ação ainda joga fora alguns ciclos de reescritas do dispositivo.
4. Usar Windows XP ou Vista
O Windows XP e o Windows Vista são sistemas operacionais que não possuem suporte para o TRIM. Isso significa que arquivos apagados permanecem disponíveis para a recuperação por meio de aplicativos especializados. Mais do que isso, também existe o fato de que sistemas sem TRIM acabam gerando bastante lentidão após algum tempo de uso.

Em resumo: com o passar do tempo, seu SSD passará a demorar muito para conseguir terminar a escrita de um arquivo. É claro que não é o fim do mundo usar esses outros sistemas operacionais, mas é importante usar alguns softwares de otimização criados pelas próprias fabricantes de drives — evitando problemas relacionados às já mencionadas sobreescritas.
Atenção: não é interessante usar ferramentas alternativas de manutenção, pois isso pode prejudicar ainda mais o desempenho — opte sempre pelas oficiais das fabricantes. O drive de estado sólido sabe gerenciar os dados e cuidar de sua Garbage Collection — um sistema automatizado do gerenciamento da memória disponível — , sendo que a interação do usuário apenas vai prejudicar as configurações determinadas no firmware do componente.
5. Usar toda a capacidade
Essa lição já foi ensinada pelos HDs comuns em outros momentos — quem usa os PCs há mais tempo deve se lembrar do quanto era difícil reservar espaço em computadores que tinham menos de 1 GB para o armazenamento —, mas precisa ser relembrada. É essencial que você nunca preencha toda a capacidade do seu SSD, sempre deixando um espaço de sobra na unidade.

Isso se deve ao fato de que novos arquivos e carregamentos exigem espaço livre para que funcionem corretamente. Logo, sem ele o seu sistema ficará muito lento e apresentando falhas constantes. O site AnandTech afirma que pelo menos 25% do espaço total devem ser mantidos livres para evitar problemas — algo parecido com o que era indicado para os HDs comuns.
6. Realizar escritas constantes
Essa dica é bem importante, mas deve ser melhor aproveitada somente por quem utiliza SSDs em conjunto com HDs comuns. Um dos métodos mais eficientes de fazer com que a vida útil dos drives de estado sólido seja prolongada está em evitar as escritas nele. Ou seja, fazer com que menos arquivos sejam gravados nos drives e os mantendo como unidades de leitura.
As recomendações mais comuns são de que o SSD deve ser usado para a gravação dos arquivos de sistema operacional, softwares, jogos e outros dados que precisam ser acessados frequentemente e com rapidez. Em resumo: grave os arquivos que precisam ser acessados para que a sua utilização se torne mais confortável.
Ao mesmo tempo, não é indicado armazenar arquivos de mídia nos SSDs — uma vez que o espaço seria desperdiçado e o carregamento deles pode ser feito a partir de um HD sem qualquer problema ou lentidão. Ou seja... Nada de salvar o seu filme favorito em 4K nos drives de estado sólido.
Evite arquivos de paginação
Quando a sua memória RAM está toda ocupada, o Windows utiliza um setor do seu HD para fazer com que mais aplicativos e processos possam ser carregados ou mantidos. O problema é que se estivermos falando sobre um computador com SSD, esse setor de memória será sobreescrito com muita frequência e causará danos à estabilidade e à vida útil do equipamento.
Ou seja... Desative a opção de paginação nas configurações do sistema operacional — ou use um disco rígido comum para isso. Se você só possui um SSD, recomenda-se que sua máquina tenha pelo menos 8 GB de RAM para que o sistema não exija a paginação da memória virtual.
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Você conhecia essas recomendações? É claro que, se você optar por não segui-las, conseguirá usar o seu computador normalmente — afinal de contas, ele não vai explodir por causa disso. Mesmo assim, vale a pena ficar ligado em tudo isso para fazer com que os seus equipamentos possam ser usados por mais tempo e sem apresentar falhas.
Wellington
Encontrar uma rede sem fio aberta nas grandes cidades não é uma tarefa difícil, mas achar uma que funcione bem pode ser complicado. Pior ainda quando se está numa localidade pequena e afastada. Para ajudar na tarefa, listamos 9 apps gratuitos que ajudam a descobrir o Wi-Fi grátis mais próximo e até fornecem senhas de alguns pontos de acesso. Confira:
1. Best Wi-Fi
O Best Wi-Fi encontra e conecta automaticamente o dispositivo à rede aberta mais próxima. Ele é capaz de gerenciar automaticamente as conexões, alterando automaticamente ou manualmente as redes.
2. Free Zone
O Free Zone consegue descobrir quais as redes Wi-Fi abertas que realmente funcionam e usa uma ferramenta colaborativa para mostrar as senhas das que são protegidas. São mais de 5 milhões de pontos de acesso mapeados.
3. Hotspotio
Bons samaritanos podem compartilhar conexões com seus contatos do Facebook, Twitter e LinkedIn sem precisar de senhas. O app, no entanto, propõe que o “pagamento” seja feito em favores, que podem ser definidos pelo usuário. Entre os itens propostos, estão um abraço, uma bebida, um like no Facebook e até um “obrigado”.
4. Mandic magiC
A ferramenta colaborativa mostra em um mapa quais redes abertas estão próximas do usuário e também a senha de redes protegidas. Caso a palavra-chave não esteja disponível ou esteja incorreta, é possível incluí-la.
5. WeFi Pro
O WeFi conecta automaticamente o usuário à rede mais próxima e com o melhor qualidade de sinal. De acordo com a desenvolvedora, são mais de 190 milhões de pontos de acesso em todo o mundo.
6. WiFi Analyzer
O programa identifica qual o melhor sinal de rede próxima ao usuário, incluindo as redes abertas. Dentro de casa, o WiFi Analyzer também atua no diagnóstico das redes, com o objetivo de deixar a rede mais veloz.
7. WiFi Finder
O WiFi Finder encontra as redes abertas mais próximas e permite a pesquisa por categoria dos estabelecimentos, como bibliotecas e cafés.
8. WiFi Mapper
Este também é um app colaborativo, ou seja, os usuários vão mapeando ao longo de seus percursos quais os pontos de acesso à internet estão mais próximos. Ele se integra ao FourSquare e permite ainda fazer resenhas de estabelecimentos comerciais ou mesmo da qualidade do sinal.
9. Free WiFi Locator
O Free WiFi Locator apresenta ao usuário os principais pontos de acesso sem fio grátis, de acordo com a sua localização. O programa exibe ainda a distância e o endereço completo do ponto.
Encontrar uma rede sem fio aberta nas grandes cidades não é uma tarefa difícil, mas achar uma que funcione bem pode ser complicado. Pior ainda quando se está numa localidade pequena e afastada. Para ajudar na tarefa, listamos 9 apps gratuitos que ajudam a descobrir o Wi-Fi grátis mais próximo e até fornecem senhas de alguns pontos de acesso. Confira:
1. Best Wi-Fi
O Best Wi-Fi encontra e conecta automaticamente o dispositivo à rede aberta mais próxima. Ele é capaz de gerenciar automaticamente as conexões, alterando automaticamente ou manualmente as redes.
2. Free Zone
O Free Zone consegue descobrir quais as redes Wi-Fi abertas que realmente funcionam e usa uma ferramenta colaborativa para mostrar as senhas das que são protegidas. São mais de 5 milhões de pontos de acesso mapeados.
3. Hotspotio
Bons samaritanos podem compartilhar conexões com seus contatos do Facebook, Twitter e LinkedIn sem precisar de senhas. O app, no entanto, propõe que o “pagamento” seja feito em favores, que podem ser definidos pelo usuário. Entre os itens propostos, estão um abraço, uma bebida, um like no Facebook e até um “obrigado”.
4. Mandic magiC
A ferramenta colaborativa mostra em um mapa quais redes abertas estão próximas do usuário e também a senha de redes protegidas. Caso a palavra-chave não esteja disponível ou esteja incorreta, é possível incluí-la.
5. WeFi Pro
O WeFi conecta automaticamente o usuário à rede mais próxima e com o melhor qualidade de sinal. De acordo com a desenvolvedora, são mais de 190 milhões de pontos de acesso em todo o mundo.
6. WiFi Analyzer
O programa identifica qual o melhor sinal de rede próxima ao usuário, incluindo as redes abertas. Dentro de casa, o WiFi Analyzer também atua no diagnóstico das redes, com o objetivo de deixar a rede mais veloz.
7. WiFi Finder
O WiFi Finder encontra as redes abertas mais próximas e permite a pesquisa por categoria dos estabelecimentos, como bibliotecas e cafés.
8. WiFi Mapper
Este também é um app colaborativo, ou seja, os usuários vão mapeando ao longo de seus percursos quais os pontos de acesso à internet estão mais próximos. Ele se integra ao FourSquare e permite ainda fazer resenhas de estabelecimentos comerciais ou mesmo da qualidade do sinal.
9. Free WiFi Locator
O Free WiFi Locator apresenta ao usuário os principais pontos de acesso sem fio grátis, de acordo com a sua localização. O programa exibe ainda a distância e o endereço completo do ponto.
Wellington
Do Android:
Se você está pensando em adquirir um aparelho Android, você faz parte de uma maioria. O sistema é bastante popular, por estar disponível para todas as classes sociais, desde os mais pobres, com aparelhos de baixo custo, até os mais ricos, com smartphones que custam uma fortuna como o Galaxy S6 Edge.
Como parte de uma maioria, também é necessário saber: você se tornará o principal alvo de ataques virtuais do que os usuários de outras plataformas. Mas não se assuste. A maioria dos vírus e aplicativos maliciosos que se espalha no Android faz isso por apps instalados de forma “alternativa”, por lojas suspeitas ou por meio de APKs. Baixe o que você tem que baixar direto do Google Play e você estará seguro na maior parte dos casos, mas mantenha-se atento às avaliações dos outros usuários e na reputação do desenvolvedor para garantir.
Outra observação sobre segurança, talvez um pouco mais séria. Existe uma possibilidade grande de que você não receba as atualizações de software necessárias para manter seu sistema seguro em dia. Por haver muitos aparelhos, de muitas fabricantes, cada modificando o sistema à sua maneira, com muitos tamanhos de tela, com o envolvimento de muitas operadoras, o processo de atualização costuma ser moroso, a menos que você tenha um smartphone da linha Nexus. Um software desatualizado é um convite a ataques digitais, infelizmente.
Também é importante observar que, se você está procurando um celular muito barato, você pode ter problemas com o Android. O sistema é notoriamente mais pesado que os concorrentes, e os aparelhos que apelam pelo preço mais baixo geralmente não têm os componentes necessários para rodar o software de maneira satisfatória. Se procura custo-benefício com o Android, é recomendável começar a procurar aparelhos por a partir dos R$ 600; abaixo disso, o Windows Phone costuma oferecer uma experiência melhor.
No mais, o Android atende a todos os tipos de público, desde os mais leigos, que procuram apenas usar alguns aplicativos básicos, quanto o aficionado por tecnologia, que gosta de extrair o máximo do produto. Isso porque ele permite todo tipo de configuração mais profunda e várias opções de customização, que não existe em nenhum outro sistema. Há ainda a opção do root para ter o controle definitivo de basicamente todas as funções do aparelho, o que é recomendado apenas para quem realmente sabe o que está fazendo.
Os aparelhos também costumam oferecer a opção de expansão de memória via cartão microSD, que pode ser uma mão na roda para quem precisa de mais espaço no celular, mas não quer pagar muito mais por isso.
Do iOS
Escolher o iOS é escolher o iPhone. A afirmação parece redundante, mas é significativa para o que a Apple se propõe a fazer. Diferente do Android, que foi abraçado por inúmeras fabricantes, com o iOS só existe o iPhone, que é controlado a rédeas curtas pela Apple. Isso tem alguns pontos positivos e outros negativos.
Segurança talvez seja o principal dos pontos positivos. A Apple tem um processo rígido de aprovação de aplicativos em sua loja, e instalar aplicativos por meios alternativos é quase impossível, o que torna praticamente inviável a infecção do aparelho por algum software malicioso.
As atualizações são um ponto forte. Quase toda a base de usuários recebe a nova versão do iOS no mesmo dia em que ela sai, exceto os aparelhos que não são mais suportados. O problema é que talvez a Apple vá um pouco além do limite em quais aparelhos ela deve atualizar. O iPhone 4s, por exemplo, recebeu o iOS 8 no ano passado e houve severas críticas de queda de desempenho, já que o hardware de 2011 já não conseguia mais dar conta do novo software.
Estabilidade é outro fator importante. Por ter controle total do hardware, a Apple é capaz de extrair o máximo de desempenho de seu produto, mesmo que suas configurações pareçam inferiores à concorrência no papel. Ao mesmo tempo, desenvolvedores de aplicativos também sabem exatamente o que esperar dos aparelhos, evitando erros súbitos.
Dito isso, há os pontos negativos. O que o iPhone tem em estabilidade, ele perde em customização para os demais concorrentes. Todos os aparelhos da Apple são iguais entre si, e a única forma de ter um modelo “diferente” é comprar uma capinha para o aparelho.
Você também não tem a liberdade de instalação de aplicativos que há no Android. Se a Apple não aprova, você não tem acesso, simples assim (a menos que você faça o jailbreak). Assim, você está restrito ao “jardim” da empresa. Acessórios também dependem da aprovação da empresa para funcionar.
E, finalmente, preço. No exterior, por algum motivo, a Apple não pratica valores muito mais altos do que da concorrência, mas no Brasil isso acontece e é bastante evidente. É uma tradição o novo iPhone ser o aparelho mais caro do mercado. E, como nenhuma outra empresa do mercado faz iPhones, quem quer um aparelho iOS é obrigado a aceitar (ou dar um jeito de importar).
Outro ponto fraco é a não-existência da possibilidade de expandir a memória do celular. Se você precisa de espaço, precisa comprar um iPhone com mais armazenamento interno e pagar US$ 100 ou R$ 400 a mais por isso, quando um cartão microSD de R$ 50 faria o mesmo trabalho.
Ele também não é tão versátil em relação aos widgets, um dos destaques do Android, que permitem acesso rápido a vários recursos dos aplicativos instalados.
Do Windows Phone
Você será parte de uma minoria, e precisará lidar com isso, infelizmente. Novos aplicativos demorarão a ser lançados, isso se forem lançados. Você precisa se acostumar a perguntar “quando X sairá para o Windows Phone?” e não obter uma resposta clara. Também é necessário saber que os aplicativos que você já tem instalados no seu aparelho estão defasados em comparação com o mesmo serviço nas outras plataformas.
No entanto, isso pode estar para mudar com o Windows 10 Mobile, que chega provavelmente até o fim de 2015. A Microsoft está fazendo um esforço para facilitar a vida de desenvolvedores das plataformas rivais para que levem seus apps para o Windows, aproveitando o domínio massivo do sistema operacional nos PCs. Os aplicativos universais para a plataforma Windows, abrangendo mobile e computadores, podem mudar o mercado, mas isso é algo para acompanharmos no futuro.
Dito isso, o Windows para celulares é uma plataforma bastante interessante, que serve como um bom meio termo entre a liberdade (às vezes caótica) do Android e a segurança (às vezes restritiva) do iOS.
Não há muitos relatos de vírus e malwares que atinjam o Windows Phone, então o seu usuário está basicamente seguro, a não ser que uma surpresa aconteça. Ao mesmo tempo, o processo de liberação de aplicativos para a loja da Microsoft não é tão fechado quanto o da Apple, permitindo maior diversidade, embora o volume total de aplicativos na loja do iOS seja consideravelmente maior do que o do Windows.
Há diversidade de aparelhos na linha de produtos com Windows Phone, embora atualmente todos os modelos venham da própria Microsoft, o que permite que todo o tipo de público tenha acesso a um, desde um Lumia 430, que pode ser encontrado por R$ 300, até os tops Lumia 930 e 1520, que já estão há algum tempo no mercado e graças a isso já tiveram um corte de preço, custando menos do que a média do mercado. Os modelos são diversificados e não passam a impressão que todo mundo tem o mesmo aparelho que o seu.
Falando no Lumia 430, o Windows Phone oferece uma experiência excepcionalmente boa em aparelhos de baixo custo, já que por ser um sistema muito leve, não exige hardware parrudo para funcionar com fluidez. Portanto, se o dinheiro está realmente curto, o WP é uma opção ainda melhor que o Android. A competição entre os dois só começa a ficar parelha na faixa de preço dos R$ 600 ou mais.
Em relação à interface, ele se diferencia bastante de Android e iOS graças aos blocos dinâmicos, que podem ser redimensionados e reposicionados livremente, dando um bom senso de customização para o usuário. Os live tiles também servem como widgets, oferecendo informação dos aplicativos em tempo real, o que pode ser bastante útil para aplicativos de esportes, previsão do tempo, e basicamente qualquer outro serviço que se beneficie de informação rápida.
Do Android:
Se você está pensando em adquirir um aparelho Android, você faz parte de uma maioria. O sistema é bastante popular, por estar disponível para todas as classes sociais, desde os mais pobres, com aparelhos de baixo custo, até os mais ricos, com smartphones que custam uma fortuna como o Galaxy S6 Edge.
Como parte de uma maioria, também é necessário saber: você se tornará o principal alvo de ataques virtuais do que os usuários de outras plataformas. Mas não se assuste. A maioria dos vírus e aplicativos maliciosos que se espalha no Android faz isso por apps instalados de forma “alternativa”, por lojas suspeitas ou por meio de APKs. Baixe o que você tem que baixar direto do Google Play e você estará seguro na maior parte dos casos, mas mantenha-se atento às avaliações dos outros usuários e na reputação do desenvolvedor para garantir.
Outra observação sobre segurança, talvez um pouco mais séria. Existe uma possibilidade grande de que você não receba as atualizações de software necessárias para manter seu sistema seguro em dia. Por haver muitos aparelhos, de muitas fabricantes, cada modificando o sistema à sua maneira, com muitos tamanhos de tela, com o envolvimento de muitas operadoras, o processo de atualização costuma ser moroso, a menos que você tenha um smartphone da linha Nexus. Um software desatualizado é um convite a ataques digitais, infelizmente.
Também é importante observar que, se você está procurando um celular muito barato, você pode ter problemas com o Android. O sistema é notoriamente mais pesado que os concorrentes, e os aparelhos que apelam pelo preço mais baixo geralmente não têm os componentes necessários para rodar o software de maneira satisfatória. Se procura custo-benefício com o Android, é recomendável começar a procurar aparelhos por a partir dos R$ 600; abaixo disso, o Windows Phone costuma oferecer uma experiência melhor.
No mais, o Android atende a todos os tipos de público, desde os mais leigos, que procuram apenas usar alguns aplicativos básicos, quanto o aficionado por tecnologia, que gosta de extrair o máximo do produto. Isso porque ele permite todo tipo de configuração mais profunda e várias opções de customização, que não existe em nenhum outro sistema. Há ainda a opção do root para ter o controle definitivo de basicamente todas as funções do aparelho, o que é recomendado apenas para quem realmente sabe o que está fazendo.
Os aparelhos também costumam oferecer a opção de expansão de memória via cartão microSD, que pode ser uma mão na roda para quem precisa de mais espaço no celular, mas não quer pagar muito mais por isso.
Do iOS
Escolher o iOS é escolher o iPhone. A afirmação parece redundante, mas é significativa para o que a Apple se propõe a fazer. Diferente do Android, que foi abraçado por inúmeras fabricantes, com o iOS só existe o iPhone, que é controlado a rédeas curtas pela Apple. Isso tem alguns pontos positivos e outros negativos.
Segurança talvez seja o principal dos pontos positivos. A Apple tem um processo rígido de aprovação de aplicativos em sua loja, e instalar aplicativos por meios alternativos é quase impossível, o que torna praticamente inviável a infecção do aparelho por algum software malicioso.
As atualizações são um ponto forte. Quase toda a base de usuários recebe a nova versão do iOS no mesmo dia em que ela sai, exceto os aparelhos que não são mais suportados. O problema é que talvez a Apple vá um pouco além do limite em quais aparelhos ela deve atualizar. O iPhone 4s, por exemplo, recebeu o iOS 8 no ano passado e houve severas críticas de queda de desempenho, já que o hardware de 2011 já não conseguia mais dar conta do novo software.
Estabilidade é outro fator importante. Por ter controle total do hardware, a Apple é capaz de extrair o máximo de desempenho de seu produto, mesmo que suas configurações pareçam inferiores à concorrência no papel. Ao mesmo tempo, desenvolvedores de aplicativos também sabem exatamente o que esperar dos aparelhos, evitando erros súbitos.
Dito isso, há os pontos negativos. O que o iPhone tem em estabilidade, ele perde em customização para os demais concorrentes. Todos os aparelhos da Apple são iguais entre si, e a única forma de ter um modelo “diferente” é comprar uma capinha para o aparelho.
Você também não tem a liberdade de instalação de aplicativos que há no Android. Se a Apple não aprova, você não tem acesso, simples assim (a menos que você faça o jailbreak). Assim, você está restrito ao “jardim” da empresa. Acessórios também dependem da aprovação da empresa para funcionar.
E, finalmente, preço. No exterior, por algum motivo, a Apple não pratica valores muito mais altos do que da concorrência, mas no Brasil isso acontece e é bastante evidente. É uma tradição o novo iPhone ser o aparelho mais caro do mercado. E, como nenhuma outra empresa do mercado faz iPhones, quem quer um aparelho iOS é obrigado a aceitar (ou dar um jeito de importar).
Outro ponto fraco é a não-existência da possibilidade de expandir a memória do celular. Se você precisa de espaço, precisa comprar um iPhone com mais armazenamento interno e pagar US$ 100 ou R$ 400 a mais por isso, quando um cartão microSD de R$ 50 faria o mesmo trabalho.
Ele também não é tão versátil em relação aos widgets, um dos destaques do Android, que permitem acesso rápido a vários recursos dos aplicativos instalados.
Do Windows Phone
Você será parte de uma minoria, e precisará lidar com isso, infelizmente. Novos aplicativos demorarão a ser lançados, isso se forem lançados. Você precisa se acostumar a perguntar “quando X sairá para o Windows Phone?” e não obter uma resposta clara. Também é necessário saber que os aplicativos que você já tem instalados no seu aparelho estão defasados em comparação com o mesmo serviço nas outras plataformas.
No entanto, isso pode estar para mudar com o Windows 10 Mobile, que chega provavelmente até o fim de 2015. A Microsoft está fazendo um esforço para facilitar a vida de desenvolvedores das plataformas rivais para que levem seus apps para o Windows, aproveitando o domínio massivo do sistema operacional nos PCs. Os aplicativos universais para a plataforma Windows, abrangendo mobile e computadores, podem mudar o mercado, mas isso é algo para acompanharmos no futuro.
Dito isso, o Windows para celulares é uma plataforma bastante interessante, que serve como um bom meio termo entre a liberdade (às vezes caótica) do Android e a segurança (às vezes restritiva) do iOS.
Não há muitos relatos de vírus e malwares que atinjam o Windows Phone, então o seu usuário está basicamente seguro, a não ser que uma surpresa aconteça. Ao mesmo tempo, o processo de liberação de aplicativos para a loja da Microsoft não é tão fechado quanto o da Apple, permitindo maior diversidade, embora o volume total de aplicativos na loja do iOS seja consideravelmente maior do que o do Windows.
Há diversidade de aparelhos na linha de produtos com Windows Phone, embora atualmente todos os modelos venham da própria Microsoft, o que permite que todo o tipo de público tenha acesso a um, desde um Lumia 430, que pode ser encontrado por R$ 300, até os tops Lumia 930 e 1520, que já estão há algum tempo no mercado e graças a isso já tiveram um corte de preço, custando menos do que a média do mercado. Os modelos são diversificados e não passam a impressão que todo mundo tem o mesmo aparelho que o seu.
Falando no Lumia 430, o Windows Phone oferece uma experiência excepcionalmente boa em aparelhos de baixo custo, já que por ser um sistema muito leve, não exige hardware parrudo para funcionar com fluidez. Portanto, se o dinheiro está realmente curto, o WP é uma opção ainda melhor que o Android. A competição entre os dois só começa a ficar parelha na faixa de preço dos R$ 600 ou mais.
Em relação à interface, ele se diferencia bastante de Android e iOS graças aos blocos dinâmicos, que podem ser redimensionados e reposicionados livremente, dando um bom senso de customização para o usuário. Os live tiles também servem como widgets, oferecendo informação dos aplicativos em tempo real, o que pode ser bastante útil para aplicativos de esportes, previsão do tempo, e basicamente qualquer outro serviço que se beneficie de informação rápida.
Wellington
Imagine se você pudesse contar histórias tão vívidas e convincentes que qualquer pessoa em sã consciência fosse praticamente obrigada a concordar e fazer o que você sugerisse, isso não seria fantástico?
Pois agora isso é possível.
O curso de Softwares Mentais foi criado com o objetivo de literalmente ensinar as pessoas como escrever seus próprios algoritmos hipnóticos usando gatilhos mentais e padrões de linguagem extremamente poderosos.
Quer ver uma prévia?
1. Padrão Associação Dor/Prazer
Para você persuadir alguém usando este princípio. Você deve associar a ideia que você quer que ele faça ou acredite como responsável por prazer. e não fazer aquilo ou não acreditar como sendo doloroso.
Exemplo:
Leia esse texto com atenção e aprenda a arte da persuasão, ou continue sendo rejeitado pelas mulheres.
Leia esse texto com atenção e aprenda a arte da persuasão = PRAZER
continue sendo rejeitado pelas mulheres = DOR
2. Padrão de antecipação ou Expectativa
Sempre que você deixa algo incompleto para o futuro, você gera uma ansiedade positiva que faz a pessoa ficar esperando sua próxima mensagem.
Esse é o mesmo padrão que a industria cinematográfica de Hollywood usa para faturar milhões de dólares criando trailers que deixam os fans enlouquecidos apenas esperando a hora do lançamento para poderem assistir ao filme.
Exemplo:
Em breve você terá acesso a mais de 42 gatilhos mentais extremamente poderosos e ainda poderá assistir um vídeo que mostra
Em breve, logo logo, em algum momento ... = padrões de expectativa
Esses são apenas dois gatilhos mentais, imagine o que poderia fazer com um arsenal desses padrões hipnóticos extremamente poderosos.
Não acredite somente no que estou dizendo, assista a série de videos gratuitos estilo DOCUMENTÁRIO disponível no site SoftwaresMentais.com. Você irá ver EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS reais que comprovam cada palavra que você está lendo.
Imagine se você pudesse contar histórias tão vívidas e convincentes que qualquer pessoa em sã consciência fosse praticamente obrigada a concordar e fazer o que você sugerisse, isso não seria fantástico?
Pois agora isso é possível.
O curso de Softwares Mentais foi criado com o objetivo de literalmente ensinar as pessoas como escrever seus próprios algoritmos hipnóticos usando gatilhos mentais e padrões de linguagem extremamente poderosos.
Quer ver uma prévia?
1. Padrão Associação Dor/Prazer
Para você persuadir alguém usando este princípio. Você deve associar a ideia que você quer que ele faça ou acredite como responsável por prazer. e não fazer aquilo ou não acreditar como sendo doloroso.
Exemplo:
Leia esse texto com atenção e aprenda a arte da persuasão, ou continue sendo rejeitado pelas mulheres.
Leia esse texto com atenção e aprenda a arte da persuasão = PRAZER
continue sendo rejeitado pelas mulheres = DOR
2. Padrão de antecipação ou Expectativa
Sempre que você deixa algo incompleto para o futuro, você gera uma ansiedade positiva que faz a pessoa ficar esperando sua próxima mensagem.
Esse é o mesmo padrão que a industria cinematográfica de Hollywood usa para faturar milhões de dólares criando trailers que deixam os fans enlouquecidos apenas esperando a hora do lançamento para poderem assistir ao filme.
Exemplo:
Em breve você terá acesso a mais de 42 gatilhos mentais extremamente poderosos e ainda poderá assistir um vídeo que mostra
Em breve, logo logo, em algum momento ... = padrões de expectativa
Esses são apenas dois gatilhos mentais, imagine o que poderia fazer com um arsenal desses padrões hipnóticos extremamente poderosos.
Não acredite somente no que estou dizendo, assista a série de videos gratuitos estilo DOCUMENTÁRIO disponível no site SoftwaresMentais.com. Você irá ver EXPERIMENTOS CIENTÍFICOS reais que comprovam cada palavra que você está lendo.
Wellington
Seu computador está lento demais e você decidiu que a única forma de resolver é com uma formatação? Ou então optou por largar de vez o Windows e instalar só uma distribuição de Linux? Neste casos, algumas dicas são importantes. Antes de se formatar o computador, tome nota de algumas recomendações básicas, mas importantes, para quem está prestes a apagar tudo e começar do zero.

1) Faça um (belo) backup
Empreste um HD externo de um amigo, parente ou colega de trabalho e faça seu Backup. Reserve tempo para o procedimento e garanta que nada importante fique para trás. Caso o espaço não seja suficiente, preocupe-se com fotos e vídeos pessoais. Músicas, games e filmes você pode baixar novamente, mas as fotos do natal na casa da avó, não. E nem tente fazer backup de programas instalados. Isso não pode ser feito, na maior parte das vezes. Concentre-se em instalá-los novamente após a formatação.
2) Faça o download dos drivers antecipadamente
Se tudo estiver funcionando perfeitamente no seu computador, agradeça aos drivers: um tipo de programa que cuida da comunicação entre seu hardware e o sistema operacional. Ao instalar um sistema operacional novo, é possível que sua placa de vídeo não funcione direito (deixando tudo muito lento), que o computador fique sem som, entre outros problemas. Para isso, basta baixar o driver específico do produto no site do fabricante. Mas imagine se a placa de rede parar de funcionar: como você vai entrar na internet para baixar estes drivers?
Entre no Gerenciador de dispositivos (Iniciar -> Painel de Controle -> Sistema -> Gerenciador de Dispositivos) e veja quais são os modelos de sua placa de vídeo, de rede (com e sem fio), e faça o download antecipado destes antes da formatação, para evitar complicações futuras.

Pelo menos os drivers do vídeo e da rede devem ser baixados antes. Acredite!
3) Organize-se
É comum, com o passar do tempo, que nossas pastas fiquem desorganizadas, com fotos, músicas e vídeos sendo jogados por todos os cantos do computador, ficando cada vez mais difíceis de serem organizados. Esta é uma boa hora para apagar tudo o que há de desnecessário (o que torna menor o tamanho do backup), e organizar todos os arquivos em suas devidas pastas.
Prepare uma pasta com seu nome e, dentro dela, subdivisões pelos tipos de arquivos. Algo como Nome/Fotos/Ano/Ocasião ("André/Fotos/2013/Aniversário de 20 anos da Rita", por exemplo), assim como uma pasta para seus filmes, vídeos, documentos, downloads, etc. Lembre-se também de nunca instalar nenhum software nesta pasta. Assim, na próxima vez que for fazer um backup, formatar o computador ou levar seus arquivos para um PC novo, basta copiar a pasta "André", ao invés de precisar caçar todos os arquivos em lugares separados.
4) Aproveite para fazer melhorias de hardware
Isso vale mais para desktops, mas é importante, em parte, para quem usa notebooks também: a hora da formatação é a melhor hora para instalar novos hardwares.
Seja a adição de uma SSD (Desktops sempre possuem espaço para mais uma; notebooks também possuem dois slots, nos modelos maiores), mais memória RAM, uma nova placa de vídeo (ou mais uma, caso você seja um entusiasta que usa múltiplas GPUs), ou qualquer outra adição podem causar problemas com programas já instalados, configurações já feitas, entre outras coisas. Então, que tal aproveitar para fazer essa troca de hardware num momento em que não há nenhum software instalado?
Também é importante lembrar que transferir uma instalação de sistema operacional de um HD para um SSD é um processo chato e demorado. Este é um bom momento para instalar novamente seu sistema direto no SSD e limpar o antigo HD.
Seu computador está lento demais e você decidiu que a única forma de resolver é com uma formatação? Ou então optou por largar de vez o Windows e instalar só uma distribuição de Linux? Neste casos, algumas dicas são importantes. Antes de se formatar o computador, tome nota de algumas recomendações básicas, mas importantes, para quem está prestes a apagar tudo e começar do zero.

1) Faça um (belo) backup
Empreste um HD externo de um amigo, parente ou colega de trabalho e faça seu Backup. Reserve tempo para o procedimento e garanta que nada importante fique para trás. Caso o espaço não seja suficiente, preocupe-se com fotos e vídeos pessoais. Músicas, games e filmes você pode baixar novamente, mas as fotos do natal na casa da avó, não. E nem tente fazer backup de programas instalados. Isso não pode ser feito, na maior parte das vezes. Concentre-se em instalá-los novamente após a formatação.
2) Faça o download dos drivers antecipadamente
Se tudo estiver funcionando perfeitamente no seu computador, agradeça aos drivers: um tipo de programa que cuida da comunicação entre seu hardware e o sistema operacional. Ao instalar um sistema operacional novo, é possível que sua placa de vídeo não funcione direito (deixando tudo muito lento), que o computador fique sem som, entre outros problemas. Para isso, basta baixar o driver específico do produto no site do fabricante. Mas imagine se a placa de rede parar de funcionar: como você vai entrar na internet para baixar estes drivers?
Entre no Gerenciador de dispositivos (Iniciar -> Painel de Controle -> Sistema -> Gerenciador de Dispositivos) e veja quais são os modelos de sua placa de vídeo, de rede (com e sem fio), e faça o download antecipado destes antes da formatação, para evitar complicações futuras.

Pelo menos os drivers do vídeo e da rede devem ser baixados antes. Acredite!
3) Organize-se
É comum, com o passar do tempo, que nossas pastas fiquem desorganizadas, com fotos, músicas e vídeos sendo jogados por todos os cantos do computador, ficando cada vez mais difíceis de serem organizados. Esta é uma boa hora para apagar tudo o que há de desnecessário (o que torna menor o tamanho do backup), e organizar todos os arquivos em suas devidas pastas.
Prepare uma pasta com seu nome e, dentro dela, subdivisões pelos tipos de arquivos. Algo como Nome/Fotos/Ano/Ocasião ("André/Fotos/2013/Aniversário de 20 anos da Rita", por exemplo), assim como uma pasta para seus filmes, vídeos, documentos, downloads, etc. Lembre-se também de nunca instalar nenhum software nesta pasta. Assim, na próxima vez que for fazer um backup, formatar o computador ou levar seus arquivos para um PC novo, basta copiar a pasta "André", ao invés de precisar caçar todos os arquivos em lugares separados.
4) Aproveite para fazer melhorias de hardware
Isso vale mais para desktops, mas é importante, em parte, para quem usa notebooks também: a hora da formatação é a melhor hora para instalar novos hardwares.
Seja a adição de uma SSD (Desktops sempre possuem espaço para mais uma; notebooks também possuem dois slots, nos modelos maiores), mais memória RAM, uma nova placa de vídeo (ou mais uma, caso você seja um entusiasta que usa múltiplas GPUs), ou qualquer outra adição podem causar problemas com programas já instalados, configurações já feitas, entre outras coisas. Então, que tal aproveitar para fazer essa troca de hardware num momento em que não há nenhum software instalado?
Também é importante lembrar que transferir uma instalação de sistema operacional de um HD para um SSD é um processo chato e demorado. Este é um bom momento para instalar novamente seu sistema direto no SSD e limpar o antigo HD.
Wellington

A tecnologia Java completa no mês de maio 20 anos de criação. A plataforma foi desenvolvida na década de 90 por uma equipe de programadores da Sun Microsystems e se tornou uma das linguagens mais populares da história.
Em 1990, a empresa tinha como foco a criação de um app portátil para rodar em qualquer micro chip. O time escolheu a C/C ++ para a realizar a tarefa, mas logo descobriu que algumas características na linguagem a impediam de ser portátil. Os desenvolvedores resolveram então remover alguns recursos da plataforma, criando uma nova linguagem de programação.
A recém-descoberta ganhou o nome de “Oak” (carvalho, em português), mas não fez muito sucesso. Em 1995, com a popularização do 'www', a linguagem se tornou a melhor opção, já que era necessário que fosse independente e portátil, para escrever programas em diferentes plataformas. Neste momento a Oak foi rebatizada para “Java” e relançada pela Sun Microsystems.
Com o lançamento, os desenvolvedores de diferentes nacionalidades descobriram o potencial da tecnologia, que se popularizou e se tornou a linguagem mais utilizada da internet. Hoje, 3 bilhões de dispositivos utilizam o Java, que é atualmente administrado pela Oracle.
A linguagem está presente em processos relacionados à segurança do tráfego aéreo e rodoviário, a coleta de informações dos oceanos para aplicativos na área de ciências, a melhoria da qualidade do cultivo de grãos e quantificação para ajudar a alimentar os necessitados, simulação do sistema locomotor e do cérebro humano e desenvolvimento de jogos.
Futuro
A Oracle pretende lançar o Java 9 em 2016. O principal recurso para a nova versão é o Project Jigsaw, que tem como objetivo colocar a plataforma em módulos para torná-la acessível para uma variedade maior de dispositivos, além de melhorar a segurança, o desempenho e a facilidade de manutenção.
Outros recursos previstos para o Java 9 incluem o Java Shell, uma ferramenta interativa para avaliar snippets do código Java; uma nova API de cliente HTTP para compatibilidade com HTTP/2 e Web Sockets; uma porta para a arquitetura ARM AArch64 no Linux; e uma série de atualizações às APIs já existentes, além de significativos aprimoramentos ao desempenho.
Para conferir uma linha do tempo completa da linguagem de programação, clique aqui.

A tecnologia Java completa no mês de maio 20 anos de criação. A plataforma foi desenvolvida na década de 90 por uma equipe de programadores da Sun Microsystems e se tornou uma das linguagens mais populares da história.
Em 1990, a empresa tinha como foco a criação de um app portátil para rodar em qualquer micro chip. O time escolheu a C/C ++ para a realizar a tarefa, mas logo descobriu que algumas características na linguagem a impediam de ser portátil. Os desenvolvedores resolveram então remover alguns recursos da plataforma, criando uma nova linguagem de programação.
A recém-descoberta ganhou o nome de “Oak” (carvalho, em português), mas não fez muito sucesso. Em 1995, com a popularização do 'www', a linguagem se tornou a melhor opção, já que era necessário que fosse independente e portátil, para escrever programas em diferentes plataformas. Neste momento a Oak foi rebatizada para “Java” e relançada pela Sun Microsystems.
Com o lançamento, os desenvolvedores de diferentes nacionalidades descobriram o potencial da tecnologia, que se popularizou e se tornou a linguagem mais utilizada da internet. Hoje, 3 bilhões de dispositivos utilizam o Java, que é atualmente administrado pela Oracle.
A linguagem está presente em processos relacionados à segurança do tráfego aéreo e rodoviário, a coleta de informações dos oceanos para aplicativos na área de ciências, a melhoria da qualidade do cultivo de grãos e quantificação para ajudar a alimentar os necessitados, simulação do sistema locomotor e do cérebro humano e desenvolvimento de jogos.
Futuro
A Oracle pretende lançar o Java 9 em 2016. O principal recurso para a nova versão é o Project Jigsaw, que tem como objetivo colocar a plataforma em módulos para torná-la acessível para uma variedade maior de dispositivos, além de melhorar a segurança, o desempenho e a facilidade de manutenção.
Outros recursos previstos para o Java 9 incluem o Java Shell, uma ferramenta interativa para avaliar snippets do código Java; uma nova API de cliente HTTP para compatibilidade com HTTP/2 e Web Sockets; uma porta para a arquitetura ARM AArch64 no Linux; e uma série de atualizações às APIs já existentes, além de significativos aprimoramentos ao desempenho.
Para conferir uma linha do tempo completa da linguagem de programação, clique aqui.
Wellington
O controverso Popcorn Time surgiu há mais de um ano com o objetivo de permitir que você pudesse assistir seus filmes em torrent por meio de um stream, sem a necessidade de baixar todo o arquivo antes de dar play. Desde então, a iniciativa sofreu uma série de represarias legais por conta da infração de direitos autorais, sendo forçada a mudar de forma e de hospedagem algumas vezes.
Agora, no entanto, parece que é hora da pirataria chegar aos navegadores por meio do PopcornInYourBrowser.com, que basicamente funciona da mesma forma que o Popcorn Time comum, mas faz tudo a partir do seu browser. Caso a pirataria não envolva conflitos morais para você, basta acessar o site, buscar o longa desejado, clicar para dar play e esperar que tudo dê certo.

Não há indícios de que a novidade esteja no radar das detentoras dos direitos dos filmes até o momento, mas é bastante improvável que ele continue no ar por muito tempo
O controverso Popcorn Time surgiu há mais de um ano com o objetivo de permitir que você pudesse assistir seus filmes em torrent por meio de um stream, sem a necessidade de baixar todo o arquivo antes de dar play. Desde então, a iniciativa sofreu uma série de represarias legais por conta da infração de direitos autorais, sendo forçada a mudar de forma e de hospedagem algumas vezes.
Agora, no entanto, parece que é hora da pirataria chegar aos navegadores por meio do PopcornInYourBrowser.com, que basicamente funciona da mesma forma que o Popcorn Time comum, mas faz tudo a partir do seu browser. Caso a pirataria não envolva conflitos morais para você, basta acessar o site, buscar o longa desejado, clicar para dar play e esperar que tudo dê certo.

Não há indícios de que a novidade esteja no radar das detentoras dos direitos dos filmes até o momento, mas é bastante improvável que ele continue no ar por muito tempo
Wellington

Recarregar o celular quando ainda há carga destrói a vida útil da bateria? A navegação anônima é realmente anônima? Mais megapixels significam uma câmera melhor? Confira abaixo 11 mitos bastante comuns da tecnologia e não não caia mais nessas:
1. Macs não pegam vírus
Há uma crença muito forte de que os computadores da Apple não são suscetíveis a malwares, incentivada inclusive pela própria empresa, que costumava dizer que seus PCs não eram tão vulneráveis quando os Windows. Mas não é bem assim: em 2012 um trojan afetou milhares de computadores Mac, o que causou até uma mudança na estratégia de marketing da companhia. Na dúvida, é sempre bom ficar atento e usar a internet com segurança.
2. A navegação em modo privado mantém o usuário realmente anônimo
Navegar em modo anônimo significa somente que o navegador não vai guardar o histórico de navegação, importar os favoritos ou entrar automaticamente nas contas do usuário. Apesar de evitar que outras pessoas saibam o que é acessado, o recurso não mantém a identidade oculta nos sites visitados.
3. Deixar o celular conectado ao carregador destrói a bateria
Muitas pessoas acreditam que deixar o celular conectado ao carregador mesmo depois de a bateria estar totalmente carregada pode prejudicar a vida da bateria do telefone, mas não há nenhum indício de que isso aconteça. Smartphones atuais vêm com baterias de íon-lítio, que são inteligentes o suficiente para parar de carregar quando atingem a capacidade total.
4. Carregue o celular só quando a bateria estiver quase no fim
Outro mito muito popular sobre as baterias. Na verdade, pode ser melhor ainda carregar o dispositivo antes de a bateria ser drenada totalmente. As baterias têm um número limitado de ciclos de carga antes de perderem a capacidade de reter energia. Os ciclos são definidos como o carregamento de um aparelho de 0 a 100% de sua capacidade. Por isso, não fique preocupado: carregar com um pouco de bateria evita “gastar” mais um ciclo completo.
5. Mais megapixels significam sempre uma câmera melhor
A qualidade de uma foto é determinada em grande parte pela quantidade de luz que o sensor da câmera é capaz de absorver, e não pela quantidade de pixels do dispositivo. O que realmente importa é o tamanho dos pixels, e não seu número. “ Funciona mais ou menos como segurar um dedal em uma tempestade para tentar pegar água.Quanto maior for o dedal, mais fácil é pegar mais gotas em um curto período de tempo ", explica o fotógrafo profissional Mattew Panzarino.
6. Quanto maior a resolução de tela em um smartphone, melhor
Nem sempre. Alguns especialistas afirmam que em determinado ponto, a resolução da tela simplesmente não faz diferença, já que o olho humano não consegue discernir melhorias na imagem quando ela ultrapassa 300 pixels por polegada.
7. É ruim usar o carregador do iPad no iPhone
Na verdade, este mito é um pouco mais complicado. Apesar de o site da Apple afirmar que o carregador do iPad pode servir tanto para o tablet quanto para o smartphone, há indícios de que a utilização prolongada (todos os dias por mais de um ano, no mínimo) pode tornar a bateria do iPhone menos eficiente.
8. Não é bom desligar o computador todos os dias
Muita gente costuma deixar o notebook em modo de espera, para garantir que aplicativos utilizados estejam ao alcance das mãos rapidamente, mas a verdade é que é bom desligar a máquina regularmente. Fazer isso economiza energia e “dá um tempo” para os componentes do PC, contribuindo para sua longevidade.
9. Segurar um imã perto do PC vai apagar todos os seus dados
A ideia não está errada, mas seria necessário ter um imã realmente grande para acabar com o HD de um computador. Pode ficar tranqüilo: um imã de geladeira não vai causar nenhum estrago.
10. Celulares dão câncer cerebral
Quase todo mundo sabe que os telefones emitem uma radiação que pode ser absorvida pelo tecido humano, mas não há evidências conclusivas que mostram a ligação entre os aparelhos e o câncer. Veja o que o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos diz:
"Embora existam preocupações de que a radiação emitida por telefones celulares afete o cérebro e outros tecidos, até agora não há nenhuma evidência de estudos de células, animais ou seres humanos que a energia de radiofreqüência possa causar câncer".
11. Mais sinal garante uma internet mais rápida
As barras de sinal não garantem necessariamente uma boa recepção, elas apenas indicam que o usuário está perto de uma torre de celular. Outros fatores interferem na velocidade da internet, como o número de pessoas que utilizam a mesma rede, por exemplo.

Recarregar o celular quando ainda há carga destrói a vida útil da bateria? A navegação anônima é realmente anônima? Mais megapixels significam uma câmera melhor? Confira abaixo 11 mitos bastante comuns da tecnologia e não não caia mais nessas:
1. Macs não pegam vírus
Há uma crença muito forte de que os computadores da Apple não são suscetíveis a malwares, incentivada inclusive pela própria empresa, que costumava dizer que seus PCs não eram tão vulneráveis quando os Windows. Mas não é bem assim: em 2012 um trojan afetou milhares de computadores Mac, o que causou até uma mudança na estratégia de marketing da companhia. Na dúvida, é sempre bom ficar atento e usar a internet com segurança.
2. A navegação em modo privado mantém o usuário realmente anônimo
Navegar em modo anônimo significa somente que o navegador não vai guardar o histórico de navegação, importar os favoritos ou entrar automaticamente nas contas do usuário. Apesar de evitar que outras pessoas saibam o que é acessado, o recurso não mantém a identidade oculta nos sites visitados.
3. Deixar o celular conectado ao carregador destrói a bateria
Muitas pessoas acreditam que deixar o celular conectado ao carregador mesmo depois de a bateria estar totalmente carregada pode prejudicar a vida da bateria do telefone, mas não há nenhum indício de que isso aconteça. Smartphones atuais vêm com baterias de íon-lítio, que são inteligentes o suficiente para parar de carregar quando atingem a capacidade total.
4. Carregue o celular só quando a bateria estiver quase no fim
Outro mito muito popular sobre as baterias. Na verdade, pode ser melhor ainda carregar o dispositivo antes de a bateria ser drenada totalmente. As baterias têm um número limitado de ciclos de carga antes de perderem a capacidade de reter energia. Os ciclos são definidos como o carregamento de um aparelho de 0 a 100% de sua capacidade. Por isso, não fique preocupado: carregar com um pouco de bateria evita “gastar” mais um ciclo completo.
5. Mais megapixels significam sempre uma câmera melhor
A qualidade de uma foto é determinada em grande parte pela quantidade de luz que o sensor da câmera é capaz de absorver, e não pela quantidade de pixels do dispositivo. O que realmente importa é o tamanho dos pixels, e não seu número. “ Funciona mais ou menos como segurar um dedal em uma tempestade para tentar pegar água.Quanto maior for o dedal, mais fácil é pegar mais gotas em um curto período de tempo ", explica o fotógrafo profissional Mattew Panzarino.
6. Quanto maior a resolução de tela em um smartphone, melhor
Nem sempre. Alguns especialistas afirmam que em determinado ponto, a resolução da tela simplesmente não faz diferença, já que o olho humano não consegue discernir melhorias na imagem quando ela ultrapassa 300 pixels por polegada.
7. É ruim usar o carregador do iPad no iPhone
Na verdade, este mito é um pouco mais complicado. Apesar de o site da Apple afirmar que o carregador do iPad pode servir tanto para o tablet quanto para o smartphone, há indícios de que a utilização prolongada (todos os dias por mais de um ano, no mínimo) pode tornar a bateria do iPhone menos eficiente.
8. Não é bom desligar o computador todos os dias
Muita gente costuma deixar o notebook em modo de espera, para garantir que aplicativos utilizados estejam ao alcance das mãos rapidamente, mas a verdade é que é bom desligar a máquina regularmente. Fazer isso economiza energia e “dá um tempo” para os componentes do PC, contribuindo para sua longevidade.
9. Segurar um imã perto do PC vai apagar todos os seus dados
A ideia não está errada, mas seria necessário ter um imã realmente grande para acabar com o HD de um computador. Pode ficar tranqüilo: um imã de geladeira não vai causar nenhum estrago.
10. Celulares dão câncer cerebral
Quase todo mundo sabe que os telefones emitem uma radiação que pode ser absorvida pelo tecido humano, mas não há evidências conclusivas que mostram a ligação entre os aparelhos e o câncer. Veja o que o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos diz:
"Embora existam preocupações de que a radiação emitida por telefones celulares afete o cérebro e outros tecidos, até agora não há nenhuma evidência de estudos de células, animais ou seres humanos que a energia de radiofreqüência possa causar câncer".
11. Mais sinal garante uma internet mais rápida
As barras de sinal não garantem necessariamente uma boa recepção, elas apenas indicam que o usuário está perto de uma torre de celular. Outros fatores interferem na velocidade da internet, como o número de pessoas que utilizam a mesma rede, por exemplo.
Wellington
Dores de cabeça, quem nunca sofreu com esse mal? De acordo com um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde – OMS, 93% da população mundial tem ou já teve o problema e 31% precisaria de tratamento médico adequado em razão da incapacidade funcional causada pelas crises.
Quantas vezes você já ouviu no chocolate como um dos grandes vilões do mal-estar? Provavelmente muitas! Sim, ele é capaz desse feito. Tudo porque contém cafeína e uma substância do tipo amina, fatores responsáveis por desencadear as dores.
Já quem pensa na falta do uso do óculos como um dos motivos para vir a passar mal, se engana. Apenas o astigmatismo pode provocar o problema, nos momentos onde se faz necessário os esforços visuais. Se você costuma fazer dieta, tome cuidado. Ficar muito tempo sem comer, pode ocasionar pontadas na cabeça por hipoglicemia, ou seja, pela diminuição no nível de glicose no sangue.
Em caso de transtornos intensos, a melhor opção é procurar por um especialista no assunto. Afinal, com saúde não se brinca.
Dores de cabeça, quem nunca sofreu com esse mal? De acordo com um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde – OMS, 93% da população mundial tem ou já teve o problema e 31% precisaria de tratamento médico adequado em razão da incapacidade funcional causada pelas crises.
Quantas vezes você já ouviu no chocolate como um dos grandes vilões do mal-estar? Provavelmente muitas! Sim, ele é capaz desse feito. Tudo porque contém cafeína e uma substância do tipo amina, fatores responsáveis por desencadear as dores.
Já quem pensa na falta do uso do óculos como um dos motivos para vir a passar mal, se engana. Apenas o astigmatismo pode provocar o problema, nos momentos onde se faz necessário os esforços visuais. Se você costuma fazer dieta, tome cuidado. Ficar muito tempo sem comer, pode ocasionar pontadas na cabeça por hipoglicemia, ou seja, pela diminuição no nível de glicose no sangue.
Em caso de transtornos intensos, a melhor opção é procurar por um especialista no assunto. Afinal, com saúde não se brinca.
Wellington
Wellington
Um Organismo Geneticamente Modificado ( OGM) é um ser vivo que sofreu alguma mudança artificial em seu material genético, mediante manipulação da engenharia genética. A mudança pode ser apenas em mudanças na estrutura ou na função do próprio material genético do organismo, mas não introduziu nenhum material genético de outra espécie no material genético original, então esse organismo é considerado somente um OGM.
Um Transgênico é um OGM que recebeu uma parte do material genético de outra espécie. Um organismo geneticamente modificado foi submetido a técnicas laboratoriais que, de alguma forma, modificaram seu genoma, enquanto que um organismo transgênico foi submetido a técnica específica de inserção de um trecho de DNA de outra espécie. Assim, o transgênico é um tipo de OGM, mas nem todo OGM é um transgênico. Devido a relação existente entre esses termos, frequentemente, eles são utilizados de forma equivocada como sinônimos.
Todo Transgênico é OGM, porém nem todo OGM é um Transgênico.
Assim, todo organismo transgênico é um OGM, já que sofreu alterações genéticas artificiais. Porém, um OGM só se torna um transgênico se houver recebido uma transferência genética de uma outra espécie nesse processo de manipulação .Com
A sigla OGM é muito utilizada, mas hoje vem sendo simplificada para GM, ou seja, geneticamente modificado. Outro termo muito utilizado é PGM que significa planta geneticamente modificada.
Como reconheço um OGM?
Em geral, não é possível reconhecer visualmente um ser vivo transgênico ou qualquer outro organismo geneticamente modificado. Na maioria dos casos, são necessárias análises laboratoriais para verificar, confirmar ou atestar se foram realizadas modificações genéticas através de intervenção ou manipulação humana.
Um Organismo Geneticamente Modificado ( OGM) é um ser vivo que sofreu alguma mudança artificial em seu material genético, mediante manipulação da engenharia genética. A mudança pode ser apenas em mudanças na estrutura ou na função do próprio material genético do organismo, mas não introduziu nenhum material genético de outra espécie no material genético original, então esse organismo é considerado somente um OGM.
Um Transgênico é um OGM que recebeu uma parte do material genético de outra espécie. Um organismo geneticamente modificado foi submetido a técnicas laboratoriais que, de alguma forma, modificaram seu genoma, enquanto que um organismo transgênico foi submetido a técnica específica de inserção de um trecho de DNA de outra espécie. Assim, o transgênico é um tipo de OGM, mas nem todo OGM é um transgênico. Devido a relação existente entre esses termos, frequentemente, eles são utilizados de forma equivocada como sinônimos.
Todo Transgênico é OGM, porém nem todo OGM é um Transgênico.
Assim, todo organismo transgênico é um OGM, já que sofreu alterações genéticas artificiais. Porém, um OGM só se torna um transgênico se houver recebido uma transferência genética de uma outra espécie nesse processo de manipulação .Com
A sigla OGM é muito utilizada, mas hoje vem sendo simplificada para GM, ou seja, geneticamente modificado. Outro termo muito utilizado é PGM que significa planta geneticamente modificada.
Como reconheço um OGM?
Em geral, não é possível reconhecer visualmente um ser vivo transgênico ou qualquer outro organismo geneticamente modificado. Na maioria dos casos, são necessárias análises laboratoriais para verificar, confirmar ou atestar se foram realizadas modificações genéticas através de intervenção ou manipulação humana.
Wellington
Entendendo o que é ser bom em algo
Quando levantamos a dolorosa questão de como podemos ser bom em alguma coisa, precisamos entender com precisão o que isso significa para nós, para não nos perdemos no meio do caminho.
Malcolm Gladwell em seu popular trabalho Outliers, jogou no ventilador a teoria das 10 mil horas. A ideia incorreta de Gladwell cresceu em proporções inimagináveis. O que era um estudo dizendo que músicos e atletas de alta performance tinham em média todo esse tempo de prática, virou o postulado “São necessárias 10 mil horas de prática para se tornar um especialista”, que na boca do povo agora simplesmente quer dizer: “Você precisa de 10 mil horas para aprender alguma coisa”.
Essa noção vem se espalhando, trazendo a impressão de que é necessário muito mais tempo e esforço para aprender qualquer coisa do que realmente é, e obviamente, impedindo que pessoas ao menos considerem tentar.
Quando você se matricula na aula MMA, seu plano não é ser o próximo Anderson Silva – tirando quando você realmente pretende ser competidor de alto nível – seu objetivo será apenas começar a treinar, conseguir executar os golpes, derrubar o oponente e ter fôlego para resistir durante os 5 minutos de uma luta. O problema é que seu referencial ao longo das outras semanas começa a mudar. O que seria suficiente para você, agora, não parece mais tão interessante.
Alguém que queria simplesmente fazer uma atividade física, curtir um esporte e dar uns socos, agora conhece 30 caras melhores. Nosso personagem provavelmente alcançaria o nível imaginado numa média de 4 meses, treinando 1 hora por dia, três vezes por semana. Ele não seria o melhor da academia e nem mesmo ganharia das pessoas que treinam há mais tempo que ele, mas certamente teria uma visualização confortável do seu objetivo na luta, entenderia os golpes que pode usar e um conjunto – limitado – de técnicas que o permitam se desenvolver numa luta básica. Em comparação com um leigo, nosso praticante seria um bom lutador.
Ser bom em algo só funciona quando apontamos um referencial claro, mas quando mudamos esse ponto diariamente, fica fácil concluir que não existe progresso. Pior ainda, as pessoas que não fazem parte do contexto tentarão impor novos referenciais ainda mais altos.
Perguntarão, antes mesmo de completar 2 meses de treino, se você lutaria no UFC, se conseguiria ganhar do José Aldo, se sabe dar aquele golpe avassalador que viralizou no Youtube e por aí vai. Sua barra, que era simples e possível, agora faz você realmente acreditar que são necessárias 10 mil horas para ser bom em alguma coisa.
Eu treino numa academia onde mais da metade dos frequentadores são fisiculturistas em algum nível, seja profissional, amador ou entusiasta. Eu não quero ficar grande, fortão. No geral tenho o corpo que gostaria de ter, treino para manter e fazer experimentos de ganho de força, velocidade e outras características que, naquele contexto, só importam para mim. Infelizmente, acabo contaminado pela atmosfera das pessoas ao meu redor.
É muito comum chegar de um treino, abrir uma planilha e começar meu planejamento para ganhar volume. É muito fácil perder o foco do que você realmente quer alcançar quando está constantemente sendo direcionado para outro lugar. Não são poucas as vezes que preciso me lembrar, “cara, qual é seu propósito aqui? então relaxa”. Se é difícil para alguém que faz isso há uma década, quem dirá para alguém que caiu de paraquedas num mundo completamente novo?
Se você não faz algo, não sabe muito sobre aquilo e decidiu se arriscar, lembre-se disso: Ser bom é conseguir desenvolver o roteiro básico com confiança. Nada além disso.
Josh Kaufman tem um livro chamado “As 20 primeiras horas”, onde, indignado com a ideia de que seriam necessárias 10mil horas para aprender algo novo, resolveu fazer sua própria pesquisa.
Kaufman encontrou que, na verdade, ficamos muito bons com pouquíssimas horas de prática. mas que em determinado ponto, a curva de aprendizado vai se tornando mais acentuada, sendo necessário muito mais horas para melhorar.
A teoria é de que independente do que for, se você dedicar não mais que 45 minutos por dia de prática, em um mês você será razoavelmente bom naquilo.
A vergonha e o medo inicial
Nada é fácil de começo. Você pode até encontrar uma predisposição, um certo talento, mas tudo exigirá uma curva de aprendizado, um período que não apenas te deixa envergonhado, mas aflora o grande medo de falhar.
Falhar nunca é bom e certamente não parece legal começar algo pensando que não vai funcionar, certo? Não exatamente.
Sabemos que somos ruins no começo de tudo, mas nos recusamos a aceitar isso. Se eu nunca pintei com pincel e aquarela, não posso esperar que na primeira tentativa eu crie algo minimamente aceitável. É óbvio que existem exceções, mas normalmente não somos nós, os casos comuns. Devemos esperar que as primeiras horas sejam terríveis, desconfortáveis e muitas vezes ridicularizantes. Aprender qualquer coisa exige passar pelo processo de reconhecimento, de associação de sentidos, caso contrário não existiria aprendizado.
É nesse ponto que a maioria de nós desiste de fazer qualquer coisa. Quando tentamos fazer o primeiro exercício de matemática e não conseguimos, quando escutamos a primeira audioaula de inglês e não entendemos nada do que foi dito ou, até mesmo, quando chegamos na academia sem nunca ter treinado e broxamos quando o cover do Schwarzenegger aparece levantando 100kg a mais do que a gente. Por algum motivo, nos recusamos a aceitar que precisamos começar de algum lugar e que esse lugar tem grandes chances de ser desconfortável.
É crucial aceitar que não temos como nos comparar com ninguém a não ser a gente. Que cada caso é único, que todos ali passaram por aquilo, até mesmo os que não lembram.
Durante os últimos anos eu quis me tornar bom em jogos online, desenvolvendo um certo esforço para isso. Durante essa fase inicial de vergonha, muitas vezes alguém tentava me ofender do outro lado do vídeo game: “Seu iniciante! Você é muito ruim!”, minha resposta não poderia ser outra, a não ser: estranho seria se fosse diferente.
Abrace sua causa e tenha orgulho disso
Uma das coisas que nos impede de desenvolver nossa capacidade de ser bom em algo, é o medo de entrar de cabeça. Não digo largar tudo e fazer só uma coisa, mas se deixar envolver emocionalmente com o assunto.
Sempre fui muito, muito ruim em física e matemática, falo isso com convicção. Mas me entreguei à ideia de fazer um novo curso e decidi me envolver com todo tipo de conteúdo possível sobre o assunto.
Em pouco tempo eu passei a conviver com tantos termos, ideias e conceitos, simplesmente por estar sempre lendo sobre curiosidades, vendo vídeos e pesquisando histórias, que qualquer pessoa que não faz parte desse meio consideraria que eu sou excelente nisso.
Ao decidir, por exemplo, aprender um idioma novo, inscreva-se em páginas do Facebook sobre o estudo do idioma, acesse sites, jornais, compre livros, quadrinhos e tudo o que puder no idioma desejado, mesmo que por muito tempo você só entenda algumas palavras.
Com a prática, as outras coisas que você não entende ainda, se tornaram padrões claros no futuro.
Se uma palavra aparece várias vezes, esse padrão se torna comum para você, mesmo que não entenda o que ela signifique agora. Depois de tanto ser exposto, saber o significado dela será um simples fato para compreender melhor seu uso.
O exemplo do idioma serve para qualquer coisa. Muitas vezes temos vergonha de parecer bobo diante das outras pessoas, mas isso não deveria importar muito, basta colocar na conta das horas de vergonha inicial.
Quem me conhece sabe que sou um fanático por aprender coisas novas, que estou o tempo todo entrando em campos diferentes, aprendendo e imergindo em conteúdos variados. As pessoas se acostumam e, quando você perceber, terá se tornado referência do assunto para muitas delas.
Essa nossa vergonha vem de ouvir as pessoas dizerem que “foi só uma moda”, como se não pudéssemos experimentar coisas novas, não gostar e passar para outra. Para quem não tenta, é fácil julgar e achar que só porque imergimos em algo somos obrigados a nos prender para sempre naquilo.
Assuma um método
Não é apenas sair praticando de qualquer jeito por aí, por 20 horas, que vai fazer você ficar bom em algo, um pequeno método é necessário para que esse número seja o mais próximo do real.
O método abaixo é sugerido por Josh Kaufman em seu livro.
1. Desconstrua
Toda prática é a união de pequenas habilidades que podem ser separadas. Tocar violão é conhecer os acordes mais comuns, entender como eles se combinam, saber como bater as cordas e conseguir ler esses acordes. Lutar Muay Thai é um conjunto de posicionamento das mãos, movimento dos pés, postura, golpes e estratégia.
Ao separar esses elementos, você consegue treiná-los separadamente e combiná-los futuramente, tornando o seu aprendizado mais eficiente e menos confuso.
2. Autocorreção
Procure observar pessoas melhores que você executando o que pretende fazer. É imprescindível entender como uma execução perfeita funciona e, a partir disso, conseguir corrigir falhas e erros sozinho. Eu venho treinando levantamento de peso olímpico e, para isso, gasto horas observando vídeos em câmera lenta para entender como é a exata postura dos levantadores profissionais em comparação aos meus próprios vídeos em câmera lenta.
Envio meus vídeos para amigos instrutores de levantamento e inicio um intenso processo de teste, observação e ajuste. Este tipo de observação pode ser mais delicado ou mais simples dependendo do que queremos aprender, mas aprender o suficiente para se autocorrigir é a chave do aprendizado.
3. O complexo falha
Um dos motivos que falhamos ao tentar aprender algo novo é a complexidade de começar a praticar. Para treinar guitarra, eu preciso desenrolar meus cabos, tirar meu amplificador que está guardado atrás da mesa, ligar todo o conglomerado de cabos na pedaleira, dar mais uma limpada na guitarra, afinar (as vezes até trocar a corda) e, aí sim, tocar. Nisso, 40 minutos se passaram apenas preparando o terreno.
Da próxima vez que for treinar, já terei preguiça só de lembrar do processo. Por isso, se quero treinar guitarra, deixo tudo pronto e ligado, num lugar onde não vá incomodar ninguém. Reduzindo os passos a simplesmente sentar e tocar. Tente remover barreiras e simplificar as coisas.
4. Treine por pelo menos 20 horas
Persista por, pelo menos, esse tempo. Vai ser difícil e vai exigir um pouco de resistência emocional, mas não se deixe abalar. Se quiser, compre um caderninho e anote quantas horas praticou naquele dia, todos os dias até completar as 20 horas.
Depois disso, se não estiver razoavelmente bom no que tentou, pode vir compartilhar seus problemas nos comentários.
Você não vai ser o melhor
Não mesmo. Mas isso também não importa.
Você não precisa ser o melhor em nada para ter alguma relevância e ser considerado bom no que faz.
Nirvana foi uma banda que marcou sua época, existindo atualmente poucas que podem se igualar em termos de impacto. Agora se formos comparar o nível técnico dos músicos do Nirvana com qualquer outra banda, vamos ver que nenhuma música exige mais do que suas 20 horas de prática para serem tocadas. No entanto, conheço inúmeras bandas de músicos extremamente mais técnicos, que não causaram impacto algum, nem sequer se tornaram conhecidas.
Os Beatles estavam longe de ser os melhores músicos em cada um dos instrumentos que tocavam, mas também deixaram sua marca.
E. L. James e Stephanie Meyer são extremamente criticadas por não serem boas escritoras, mas juntas venderam mais livros do que praticamente todos os autores brasileiros, salvo raríssimas exceções.
Julgamentos qualitativos a parte, ser bom significa fazer algo com o pouco que sabe, mesmo que esse pouco seja bem básico. O que gera fascínio é a capacidade de aplicação desse aprendizado.
Uma sugestão e um desafio
Antes de finalizar, queria fazer uma sugestão e um desafio, ao mesmo tempo.
Compartilhe conosco suas experiências, contando o que você já tentou aprender e não conseguiu.
Quais foram os problemas enfrentados? Como buscou superar? Tentou mais de uma vez e conseguiu na segunda?
Toda nossa informação de falha pode ajudar outras pessoas a entender que a dificuldade faz parte do processo.
Se ainda não tentou nada que gostaria, eis meu desafio: tente.
De resto, se errar, se ficar feio, se sentir vergonha, vamos conversando.
Entendendo o que é ser bom em algo
Quando levantamos a dolorosa questão de como podemos ser bom em alguma coisa, precisamos entender com precisão o que isso significa para nós, para não nos perdemos no meio do caminho.
Malcolm Gladwell em seu popular trabalho Outliers, jogou no ventilador a teoria das 10 mil horas. A ideia incorreta de Gladwell cresceu em proporções inimagináveis. O que era um estudo dizendo que músicos e atletas de alta performance tinham em média todo esse tempo de prática, virou o postulado “São necessárias 10 mil horas de prática para se tornar um especialista”, que na boca do povo agora simplesmente quer dizer: “Você precisa de 10 mil horas para aprender alguma coisa”.
Essa noção vem se espalhando, trazendo a impressão de que é necessário muito mais tempo e esforço para aprender qualquer coisa do que realmente é, e obviamente, impedindo que pessoas ao menos considerem tentar.
Quando você se matricula na aula MMA, seu plano não é ser o próximo Anderson Silva – tirando quando você realmente pretende ser competidor de alto nível – seu objetivo será apenas começar a treinar, conseguir executar os golpes, derrubar o oponente e ter fôlego para resistir durante os 5 minutos de uma luta. O problema é que seu referencial ao longo das outras semanas começa a mudar. O que seria suficiente para você, agora, não parece mais tão interessante.
Alguém que queria simplesmente fazer uma atividade física, curtir um esporte e dar uns socos, agora conhece 30 caras melhores. Nosso personagem provavelmente alcançaria o nível imaginado numa média de 4 meses, treinando 1 hora por dia, três vezes por semana. Ele não seria o melhor da academia e nem mesmo ganharia das pessoas que treinam há mais tempo que ele, mas certamente teria uma visualização confortável do seu objetivo na luta, entenderia os golpes que pode usar e um conjunto – limitado – de técnicas que o permitam se desenvolver numa luta básica. Em comparação com um leigo, nosso praticante seria um bom lutador.
Ser bom em algo só funciona quando apontamos um referencial claro, mas quando mudamos esse ponto diariamente, fica fácil concluir que não existe progresso. Pior ainda, as pessoas que não fazem parte do contexto tentarão impor novos referenciais ainda mais altos.
Perguntarão, antes mesmo de completar 2 meses de treino, se você lutaria no UFC, se conseguiria ganhar do José Aldo, se sabe dar aquele golpe avassalador que viralizou no Youtube e por aí vai. Sua barra, que era simples e possível, agora faz você realmente acreditar que são necessárias 10 mil horas para ser bom em alguma coisa.
Eu treino numa academia onde mais da metade dos frequentadores são fisiculturistas em algum nível, seja profissional, amador ou entusiasta. Eu não quero ficar grande, fortão. No geral tenho o corpo que gostaria de ter, treino para manter e fazer experimentos de ganho de força, velocidade e outras características que, naquele contexto, só importam para mim. Infelizmente, acabo contaminado pela atmosfera das pessoas ao meu redor.
É muito comum chegar de um treino, abrir uma planilha e começar meu planejamento para ganhar volume. É muito fácil perder o foco do que você realmente quer alcançar quando está constantemente sendo direcionado para outro lugar. Não são poucas as vezes que preciso me lembrar, “cara, qual é seu propósito aqui? então relaxa”. Se é difícil para alguém que faz isso há uma década, quem dirá para alguém que caiu de paraquedas num mundo completamente novo?
Se você não faz algo, não sabe muito sobre aquilo e decidiu se arriscar, lembre-se disso: Ser bom é conseguir desenvolver o roteiro básico com confiança. Nada além disso.
Josh Kaufman tem um livro chamado “As 20 primeiras horas”, onde, indignado com a ideia de que seriam necessárias 10mil horas para aprender algo novo, resolveu fazer sua própria pesquisa.
Kaufman encontrou que, na verdade, ficamos muito bons com pouquíssimas horas de prática. mas que em determinado ponto, a curva de aprendizado vai se tornando mais acentuada, sendo necessário muito mais horas para melhorar.
A teoria é de que independente do que for, se você dedicar não mais que 45 minutos por dia de prática, em um mês você será razoavelmente bom naquilo.
A vergonha e o medo inicial
Nada é fácil de começo. Você pode até encontrar uma predisposição, um certo talento, mas tudo exigirá uma curva de aprendizado, um período que não apenas te deixa envergonhado, mas aflora o grande medo de falhar.
Falhar nunca é bom e certamente não parece legal começar algo pensando que não vai funcionar, certo? Não exatamente.
Sabemos que somos ruins no começo de tudo, mas nos recusamos a aceitar isso. Se eu nunca pintei com pincel e aquarela, não posso esperar que na primeira tentativa eu crie algo minimamente aceitável. É óbvio que existem exceções, mas normalmente não somos nós, os casos comuns. Devemos esperar que as primeiras horas sejam terríveis, desconfortáveis e muitas vezes ridicularizantes. Aprender qualquer coisa exige passar pelo processo de reconhecimento, de associação de sentidos, caso contrário não existiria aprendizado.
É nesse ponto que a maioria de nós desiste de fazer qualquer coisa. Quando tentamos fazer o primeiro exercício de matemática e não conseguimos, quando escutamos a primeira audioaula de inglês e não entendemos nada do que foi dito ou, até mesmo, quando chegamos na academia sem nunca ter treinado e broxamos quando o cover do Schwarzenegger aparece levantando 100kg a mais do que a gente. Por algum motivo, nos recusamos a aceitar que precisamos começar de algum lugar e que esse lugar tem grandes chances de ser desconfortável.
É crucial aceitar que não temos como nos comparar com ninguém a não ser a gente. Que cada caso é único, que todos ali passaram por aquilo, até mesmo os que não lembram.
Durante os últimos anos eu quis me tornar bom em jogos online, desenvolvendo um certo esforço para isso. Durante essa fase inicial de vergonha, muitas vezes alguém tentava me ofender do outro lado do vídeo game: “Seu iniciante! Você é muito ruim!”, minha resposta não poderia ser outra, a não ser: estranho seria se fosse diferente.
Abrace sua causa e tenha orgulho disso
Uma das coisas que nos impede de desenvolver nossa capacidade de ser bom em algo, é o medo de entrar de cabeça. Não digo largar tudo e fazer só uma coisa, mas se deixar envolver emocionalmente com o assunto.
Sempre fui muito, muito ruim em física e matemática, falo isso com convicção. Mas me entreguei à ideia de fazer um novo curso e decidi me envolver com todo tipo de conteúdo possível sobre o assunto.
Em pouco tempo eu passei a conviver com tantos termos, ideias e conceitos, simplesmente por estar sempre lendo sobre curiosidades, vendo vídeos e pesquisando histórias, que qualquer pessoa que não faz parte desse meio consideraria que eu sou excelente nisso.
Ao decidir, por exemplo, aprender um idioma novo, inscreva-se em páginas do Facebook sobre o estudo do idioma, acesse sites, jornais, compre livros, quadrinhos e tudo o que puder no idioma desejado, mesmo que por muito tempo você só entenda algumas palavras.
Com a prática, as outras coisas que você não entende ainda, se tornaram padrões claros no futuro.
Se uma palavra aparece várias vezes, esse padrão se torna comum para você, mesmo que não entenda o que ela signifique agora. Depois de tanto ser exposto, saber o significado dela será um simples fato para compreender melhor seu uso.
O exemplo do idioma serve para qualquer coisa. Muitas vezes temos vergonha de parecer bobo diante das outras pessoas, mas isso não deveria importar muito, basta colocar na conta das horas de vergonha inicial.
Quem me conhece sabe que sou um fanático por aprender coisas novas, que estou o tempo todo entrando em campos diferentes, aprendendo e imergindo em conteúdos variados. As pessoas se acostumam e, quando você perceber, terá se tornado referência do assunto para muitas delas.
Essa nossa vergonha vem de ouvir as pessoas dizerem que “foi só uma moda”, como se não pudéssemos experimentar coisas novas, não gostar e passar para outra. Para quem não tenta, é fácil julgar e achar que só porque imergimos em algo somos obrigados a nos prender para sempre naquilo.
Assuma um método
Não é apenas sair praticando de qualquer jeito por aí, por 20 horas, que vai fazer você ficar bom em algo, um pequeno método é necessário para que esse número seja o mais próximo do real.
O método abaixo é sugerido por Josh Kaufman em seu livro.
1. Desconstrua
Toda prática é a união de pequenas habilidades que podem ser separadas. Tocar violão é conhecer os acordes mais comuns, entender como eles se combinam, saber como bater as cordas e conseguir ler esses acordes. Lutar Muay Thai é um conjunto de posicionamento das mãos, movimento dos pés, postura, golpes e estratégia.
Ao separar esses elementos, você consegue treiná-los separadamente e combiná-los futuramente, tornando o seu aprendizado mais eficiente e menos confuso.
2. Autocorreção
Procure observar pessoas melhores que você executando o que pretende fazer. É imprescindível entender como uma execução perfeita funciona e, a partir disso, conseguir corrigir falhas e erros sozinho. Eu venho treinando levantamento de peso olímpico e, para isso, gasto horas observando vídeos em câmera lenta para entender como é a exata postura dos levantadores profissionais em comparação aos meus próprios vídeos em câmera lenta.
Envio meus vídeos para amigos instrutores de levantamento e inicio um intenso processo de teste, observação e ajuste. Este tipo de observação pode ser mais delicado ou mais simples dependendo do que queremos aprender, mas aprender o suficiente para se autocorrigir é a chave do aprendizado.
3. O complexo falha
Um dos motivos que falhamos ao tentar aprender algo novo é a complexidade de começar a praticar. Para treinar guitarra, eu preciso desenrolar meus cabos, tirar meu amplificador que está guardado atrás da mesa, ligar todo o conglomerado de cabos na pedaleira, dar mais uma limpada na guitarra, afinar (as vezes até trocar a corda) e, aí sim, tocar. Nisso, 40 minutos se passaram apenas preparando o terreno.
Da próxima vez que for treinar, já terei preguiça só de lembrar do processo. Por isso, se quero treinar guitarra, deixo tudo pronto e ligado, num lugar onde não vá incomodar ninguém. Reduzindo os passos a simplesmente sentar e tocar. Tente remover barreiras e simplificar as coisas.
4. Treine por pelo menos 20 horas
Persista por, pelo menos, esse tempo. Vai ser difícil e vai exigir um pouco de resistência emocional, mas não se deixe abalar. Se quiser, compre um caderninho e anote quantas horas praticou naquele dia, todos os dias até completar as 20 horas.
Depois disso, se não estiver razoavelmente bom no que tentou, pode vir compartilhar seus problemas nos comentários.
Você não vai ser o melhor
Não mesmo. Mas isso também não importa.
Você não precisa ser o melhor em nada para ter alguma relevância e ser considerado bom no que faz.
Nirvana foi uma banda que marcou sua época, existindo atualmente poucas que podem se igualar em termos de impacto. Agora se formos comparar o nível técnico dos músicos do Nirvana com qualquer outra banda, vamos ver que nenhuma música exige mais do que suas 20 horas de prática para serem tocadas. No entanto, conheço inúmeras bandas de músicos extremamente mais técnicos, que não causaram impacto algum, nem sequer se tornaram conhecidas.
Os Beatles estavam longe de ser os melhores músicos em cada um dos instrumentos que tocavam, mas também deixaram sua marca.
E. L. James e Stephanie Meyer são extremamente criticadas por não serem boas escritoras, mas juntas venderam mais livros do que praticamente todos os autores brasileiros, salvo raríssimas exceções.
Julgamentos qualitativos a parte, ser bom significa fazer algo com o pouco que sabe, mesmo que esse pouco seja bem básico. O que gera fascínio é a capacidade de aplicação desse aprendizado.
Uma sugestão e um desafio
Antes de finalizar, queria fazer uma sugestão e um desafio, ao mesmo tempo.
Compartilhe conosco suas experiências, contando o que você já tentou aprender e não conseguiu.
Quais foram os problemas enfrentados? Como buscou superar? Tentou mais de uma vez e conseguiu na segunda?
Toda nossa informação de falha pode ajudar outras pessoas a entender que a dificuldade faz parte do processo.
Se ainda não tentou nada que gostaria, eis meu desafio: tente.
De resto, se errar, se ficar feio, se sentir vergonha, vamos conversando.
Wellington







