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Procedimento de alimentos orgânico.

alimento orgânico
A comida orgânica não é mais benéfica à saúde, comparada com a comida produzida convencionalmente, de acordo com um recente estudo. Pesquisadores da London School of Hygiene & Tropical Medicine, em Londres, Inglaterra, realizaram um levantamento com 162 artigos científicos publicadas nos últimos 50 anos, que mostrou que não existe uma diferença tão grande entre o alimento orgânico e o normal.
Os pesquisadores afirmam que consumidores pagam preços maiores pela comida orgânica porque acreditam que ela traz benefícios à saúde.
“Foi encontrada uma pequena diferença entre conteúdos de nutrientes entre produtos alimentícios produzidos convencionalmente e organicamente”, afirma Alan Dangour, um dos autores do estudo. De acordo com Dangour, a diferença é tão pequena que não chega a ter relevância pública. “O estudo mostra que não há evidência que apóie a seleção de alimentos orgânicos com base na superioridade orgânica”, afirma o pesquisador.
Peter Melchett, director da Associação de Solos Britânica, que promove a agricultura orgânica, afirma estar decepcionado com as conclusões dos autores do estudo. Ele critica a metodologia utilizada na pesquisa, que, de acordo com ele, levou os pesquisadores a classificar alguns benefícios nutricionais como “desimportantes”.

Há muito debate sobre se o alimento orgânico é realmente melhor do que os convencionais. Alguns estudos chegaram à conclusão de que alimentos orgânicos são mais nutritivos e fazem bem ao solo onde são plantados, enquanto outros afirmam que eles não são mais benéficos à saúde do que os convencionais, e que não há evidências de que a comida orgânica é melhor do que alimentos cultivados com pesticidas e adubos químicos.
Para os seres humanos, a dúvida certamente continua. Para as moscas da fruta, no entanto, já temos uma resposta: os orgânicos são melhores.

Por que os alimentos orgânicos são melhores?

A descoberta seguiu a teoria da estudante de ensino fundamental Ria Chhabra, que ouviu seus pais discutindo sobre o valor dos alimentos orgânicos e se inspirou nisso para criar um projeto de feira de ciências para tentar resolver o debate.
alimento orgânico é o melhor
Três anos mais tarde, Ria não só levantou algumas questões provocativas sobre os benefícios para a saúde de uma alimentação orgânica, como também ganhou, aos 16 anos de idade, prêmios importantes em uma competição nacional de ciência, além da publicação de sua pesquisa em uma revista científica respeitada e o uso privilegiado de um laboratório universitário normalmente reservado para estudantes de graduação.
Seu estudo monitorou os benefícios de saúde de alimentos orgânicos paraDrosophila melanogaster, a mosca da fruta, monitorando os efeitos de dietas orgânicas e convencionais nos insetos.
Em quase todas as medidas, incluindo fertilidade, resistência ao estresse e longevidade, as moscas que se alimentavam de bananas e batatas orgânicas se saíram melhor do que aquelas que comeram produtos convencionalmente cultivados.
Embora os resultados não possam ser diretamente extrapolados para a saúde humana, a pesquisa abre caminho para estudos adicionais sobre os benefícios relativos à saúde dos alimentos orgânicos em relação aos cultivados convencionalmente.
Modelos da mosca da fruta são muitas vezes utilizados em estudos porque o seu tempo de vida curto permite que os cientistas avaliem uma variedade de efeitos biológicos básicos ao longo de um período relativamente pequeno de tempo, e os resultados fornecem pistas para uma melhor compreensão das doenças e processos biológicos em seres humanos.
A diferença nos resultados entre as moscas alimentadas com as dietas diferentes poderia ser devido aos efeitos de pesticidas e fungicidas em alimentos convencionais, ou pode ser devido a um maior nível de nutrientes no produto orgânico.
Uma ideia intrigante levanta a questão de saber se as plantas organicamente cultivadas produzem compostos naturais para repelir pragas e fungos, e se esses compostos oferecem benefícios adicionais de saúde para moscas, animais e seres humanos que consomem alimentos orgânicos. “Não existem dados concretos sobre isso, mas é algo que eu gostaria de aprofundar”, disse o Dr. Bauer.

Tendencia quanto aos transgênicos.
alimentos transgênicos são seguros

O que são os transgênicos, afinal?

A verdade é que os alimentos transgênicos têm sido estudados intensamente, mas parecem muito incompreendidos pelo sociedade em geral. As maçãs de que falamos foram modificadas com genes de Granny Smith e Golden Delicious (variedades de maçãs) para suprimir a enzima que causa o escurecimento da fruta.
Os biólogos também introduziram genes para fazer as macieiras mais resistentes a herbicidas. Essas características já dominam os mais de 430 milhões de hectares de culturas de alimentos geneticamente modificados que foram plantadas em todo o mundo. Os cientistas estão trabalhando em variedades que sobrevivem a outras doenças, secas e inundações também.
Então, o que, exatamente, é que os consumidores têm a temer? Resposta: muito pouco, ou quase nada. Vamos a alguns mitos que muita gente acredita, para explicar porque eles não representam o perigo que todo mundo acha:

1. Dizem que a engenharia genética é uma tecnologia radical

Os seres humanos têm manipulado os genes de alimentos há muitos milênios por reprodução seletiva plantas com características desejáveis. Sim: praticamente todas as nossas culturas alimentares foram geneticamente modificadas de alguma forma. Nesse sentido, os transgênicos não são radicais em tudo, ou pelo menos não tanto quanto parecem. Sua técnica, em essência, não difere drasticamente dessa busca tradicional por vegetais melhores.
Veja como funciona a produção de transgênicos: os cientistas extraem um pouco de DNA de um organismo, modificam ou fazem cópias dele, e então o incorporam no genoma da mesma espécie ou de uma outra. Eles fazem isso ou por meio de bactérias para entregar o novo material genético, ou atirando pequenas pelotas de metal revestidas de DNA em células de plantas, meio como uma arma carregada de genes. Enquanto os cientistas não podem controlar exatamente onde esse DNA que vem de fora vai parar, eles podem repetir a experiência até finalmente obter um genoma com a informação certa no lugar certo – fazendo assim o alimento mais perfeito possível.
Esse processo permite uma maior precisão para a agricultura. Peggy G. Lemaux, um biólogo da Universidade da Califórnia (EUA), explica que “com os transgênicos, sabemos qual é a informação genética que estamos usando, sabemos para onde vai no genoma, e podemos ver se ele está perto de um alérgeno ou uma toxina. E isso não é verdade quando você cruza diferentes variedades no processo tradicional de plantação. Sem a ajuda da genética, o processo se transforma em uma loteria.

2. Dizem que os transgênicos são muito novos para sabermos se são de fato perigosos

Depende de como você define “novo”. As plantas geneticamente modificadas apareceram pela primeira vez em laboratório em meados coincidido a década de 80 e se tornaram um produto comercial em 1994. Desde então, mais de 1.700 estudos de segurança a respeito desses alimentos já foram publicados, incluindo cinco longos relatórios do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, que incidem sobre a saúde humana e a saúde do meio ambiente também. O consenso científico é que os transgênicos existentes não são mais ou menos arriscados do que as culturas convencionais. São apenas diferentes.

3. Dizem que os agricultores não podem replantar as sementes geneticamente modificadas

Os chamados exterminadores de genes, que podem tornar as sementes estéreis, nunca de fato saíram do escritório de patentes na década de 1990. As empresas de sementes exigem que os agricultores assinem acordos que proíbem a replantação a fim de garantir as vendas anuais, mas Kent Bradford, um cientista botânico na Universidade da Califórnia, garante que os produtores comerciais de grande porte normalmente não guardam sementes de qualquer maneira. O milho é um híbrido de duas linhas da mesma espécie, de modo que suas sementes não passam traços para a próxima geração. Sementes de algodão e de soja poderiam ser salvas, mas a maioria dos agricultores não se incomoda com isso. O motivo, segundo Bradford, é bem simples: a qualidade da semente deteriora, o que faz com que essa prática não seja rentável.

4. Dizem que nós simplesmente não precisamos de alimentos transgênicos, porque existem outros tipos de alimentos

Ok. Os transgênicos provavelmente não vão resolver sozinhos TODOS os problemas alimentares do mundo. Mas com as mudanças climáticas e o crescimento da população ameaçando o abastecimento de alimentos, culturas geneticamente modificadas poderiam aumentar significativamente a produção alimentar. “Os transgênicos são apenas uma ferramenta para garantir a segurança alimentar do planeta quando tivermos mais dois bilhões de habitantes até 2050″, diz Pedro Sanchez, diretor de Agricultura e Alimentação da Central de Segurança do Instituto da Terra da Universidade Columbia (EUA). Ele reforça que os transgênicos não são a única resposta, mas com certeza são um apoio essencial que não pode ser ignorado.

5. Dizem que os transgênicos causam alergias, câncer e outros problemas de saúde

Muitas pessoas se preocupam que a engenharia genética introduza proteínas perigosas, especialmente alérgenos e toxinas, na cadeia alimentar. É uma preocupação razoável porque, teoricamente, é possível que um novo gene possa expressar uma proteína que provoque uma resposta imune. É por isso que as empresas de biotecnologia consultam o departamento de alimentos dos governos sobre potenciais alimentos transgênicos e realizam uma extensa bateria de testes sobre sua alergia e toxicidade. Se o produto não for seguro, o governo pode simplesmente proibi-lo de ser comercializado.

6. Dizem que todas as pesquisas sobre os transgênicos foram financiadas pela Big Ag

Vamos começar do começo. A “Big Ag” é um complexo de 6 grandes empresas que são as responsáveis pela produção de 3/4 dos pesticidas utilizados em todo o mundo. São elas: Monsanto, Syngenta, Dow AgroSciences, DuPont, Bayer e BASF. As 5 primeiras dessa lista também vendem mais da metade das sementes utilizadas no mundo todo por agricultores – o que naturalmente inclui uma leva de sementes geneticamente modificadas. Com toda essa abrangência – e interesse direto na questão dos transgênicos – é normal que as teorias da conspiração acreditem que o grupo financie as pesquisas para esconder uma verdade obscura e superpolêmica.
Mas isso simplesmente não é verdade. Durante a última década, centenas de pesquisadores independentes publicaram estudos de segurança e revisão de levas e mais levas de alimentos transgênicos. Pelo menos uma dúzia de grupos médicos e científicos em todo o mundo, incluindo a Organização Mundial de Saúde e a Associação Americana para o Avanço da Ciência, afirmaram que os alimentos transgênicos atualmente aprovados para o mercado são totalmente seguros.

7. Dizem que culturas geneticamente modificadas exigem que os agricultores façam uso excessivo de pesticidas e herbicidas

Essa afirmação requer um pouco de análise. Dois transgênicos relevantes dominam o mercado atualmente. O primeiro permite que as culturas expressem uma proteína a partir da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), que é tóxica para determinados insetos. Esse também é o ingrediente ativo em pesticidas utilizados pelos agricultores orgânicos. E, pasme: os alimentos cultivados com Bt têm exigido um uso drasticamente reduzido de inseticidas químicos em algumas regiões, segundo Bruce Tabashnik, entomologista da Universidade do Arizona (EUA).
O segundo permite que produção tolere o herbicida glifosato, para que os agricultores possam pulverizar campos inteiros e ainda matar apenas as ervas daninhas. O uso do glifosato tem subido nos EUA uma vez que estes transgênicos foram introduzidos em 1996. Mas o glifosato é um dos mais leves herbicidas disponíveis, com uma toxicidade 25 vezes menor do que a cafeína, por exemplo. Seu uso tem diminuído a dependência de alternativas mais tóxicas, como a atrazina.

8. Dizem que os transgênicos criam superinsetos e superervas daninhas

Se os agricultores usam apenas e confiam cegamente no Bt ou no glifosato, então a resistência a pesticidas é inevitável, segundo Tabashnik. Isso é análogo a antibióticos, que criam bactérias mais resistentes a eles com seu uso excessivo. É um problema crescente, que tem uma solução: a prática de manejo integrado de pragas, que inclui a rotação entre culturas. O mesmo vale para qualquer tipo de agricultura, não só a transgênica.

9. Dizem que os transgênicos prejudicam espécies de insetos benéficos

Isso foi em parte desmentido. Os inseticidas Bt se anexam a proteínas encontradas nos intestinos de alguns insetos, matando espécies selecionadas. Para a maioria dos insetos, um campo de culturas Bt é mais seguro do que um pulverizado com um inseticida que mata indiscriminadamente.
Mas as borboletas monarcas produzem as mesmas proteínas como uma das pragas-alvo da Bt, e um experimento de laboratório feito em 1999 na Universidade Cornell (EUA) mostrou que alimentar larvas com serralha revestida em pólen do milho Bt poderia matá-las. Cinco estudos publicados em 2001, no entanto, descobriram que as monarcas não estão expostas a níveis tóxicos de pólen Bt em estado selvagem. Em 2012, um estudo realizado pelas Universidades de Iowa e de Minnesota sugeriu que glifosato resistente a transgênicos é o responsável pelo recente declínio populacional monárquico. O herbicida da serralha (única fonte de alimentos das larvas) mata dentro da cultura e nas imediações onde é aplicado.

10. Dizem que genes modificados se espalham para outras culturas e plantas silvestres, derrubando o ecossistema

A primeira parte certamente poderia ser verdade: plantas trocam material genético o tempo todo por meio de pólen, que carrega seu DNA – incluindo quaisquer possíveis trechos geneticamente modificados. Mas, de acordo com Wayne Parrott, geneticista na Universidade de Georgia (EUA), o risco para fazendas vizinhas é relativamente baixo. Para começar, é possível reduzir a chance de polinização cruzada pelo escalonamento do calendário de plantio, de modo que os campos polinizam durante diferentes intervalos de tempo.
Agricultores que trabalham com a cultura de transgênicos adjacente a campos orgânicos já fazem isso. E se algum pólen transgêncio florescer em um campo orgânico, não vai necessariamente anular o estatuto orgânico. Mesmo os alimentos que carregam o rótulo de não transgênicos podem ser 0,5% transgênicos em peso seco.

                                                               Descrição

Os transgênicos, estão por toda parte – basta procurar o símbolo que caracteriza estes produtos impressa nas embalagens de alimentos -  um T preto, envolto em um triângulo amarelo. Sugestão: colocar a foto do T no triângulo. 
Apesar disso, muitas pessoas ainda desconhecem o que, exatamente, significa um  alimento ser transgênico – no Brasil são autorizadas as culturas de soja, milho, algodão e feijão – assim como suas consequências para a saúde. Por isso, esclarecemos para você as principais dúvidas que existem em relação ao tema.
Uma boa notícia dentro desse assunto tão polêmico é que, ao contrário de nosso teste em 2012, desta vez não encontramos milho ou soja transgênico em nenhum dos 40 produtos que avaliamos. Entretanto, ressaltamos que se trata de um resultado pontual, pois se refere aos lotes específicos dos produtos inspecionados, abaixo. 

A letra "T” (como na imagem acima) deve estar impresso em rótulos que tenham 1% ou mais de matéria-prima geneticamente modificada.

O que é um OGM? 
OGM, ou Organismo Geneticamente Modificado, é toda entidade biológica cujo material genético foi alterado artificialmente por alguma técnica de engenharia genética. A tecnologia, usada para criar plantas geneticamente modificadas para o cultivo de alimentos, permite que genes individuais selecionados sejam transferidos de um organismo para outro, até mesmo entre espécies não relacionadas.

Transgênicos e OGM são a mesma coisa? 
Não exatamente. Todos os transgênicos são OGM, mas nem todos os OGM são transgênicos. Quando inserimos num organismo um gene que pertence a outra espécie para melhorar as características desse organismo, criamos um transgênico. 
Por outro lado, se introduzimos num organismo um gene que já pertenceu a essa mesma espécie, mas que por razões evolutivas esse gene se perdeu, criamos um OGM, que, assim, não é considerado um transgênico.

Alimentos com ingredientes transgênicos trazem riscos à saúde? 
Pela ausência de estudos de longo prazo e totalmente independentes, ainda não há uma resposta definitiva para essa pergunta. Mas pesquisas apontam, sim, malefícios à saúde. Quem consome alimentos transgênicos está mais sujeito a alergias, à resistência bacteriana, devido à redução da eficácia de medicamentos à base de antibióticos, e ao aumento de resíduos tóxicos.

Quais são os OGM aprovados no Brasil e quem os produz? 
As culturas autorizadas no Brasil são soja, milho, algodão e feijão. Elas são produzidas quase que exclusivamente por um pequeno grupo de indústrias de biotecnologia que domina a produção de sementes, agrotóxicos e fármacos: Monsanto, Basf, Bayer, Du Pont e Syngenta (entre outras). 
O Ministério da Agricultura é o órgão que responde pela autorização e pela fiscalização no país, após aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). 

Como consigo saber se estou ingerindo um alimento geneticamente modificado? 
É preciso ficar, literalmente, de olho nas embalagens, a fim de identificar o “T” que indique que o produto contenha mais de 1% de matéria-prima geneticamente modificada. O consumidor deve ser informado, ainda, sobre a espécie doadora do gene no local reservado para a identificação dos ingredientes.



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